Funcionário de lotérica leva tiro no peito

O horário de almoço, quando normalmente há um bom movimento de pessoas, foi o momento escolhido por um grupo para assaltar uma casa lotérica, no bairro Cristo Rei. Durante a ação, mesmo sem esboçar nenhuma reação, um funcionário foi baleado pelos marginais e acabou morrendo. O fato aconteceu por volta das 13h15 de ontem, na Rua XV de Novembro.

De acordo com informações da Polícia Militar, estavam trabalhando na lotérica o proprietário e o funcionário João Carlos Kecher, 45 anos. Eles atendiam três clientes que faziam apostas. De repente, quatro indivíduos pararam em frente ao estabelecimento e um deles -que portava um revólver calibre 38 – entrou.

Com a arma em punho, o marginal deu voz de assalto e entrou no guichê de recolhimento de apostas para pegar o dinheiro. Tentando agir da maneira mais tranqüila possível, diante da incômoda situação, o funcionário se abaixou atrás do balcão para pegar o malote com dinheiro e entregá-lo ao assaltante. Entretanto, a atitude foi mal interpretada pelo bandido, que não titubeou em atirar. O disparo acertou a vítima no peito.

Fuga

O malote com dinheiro foi levado pelo grupo, que fugiu correndo. Os ladrões entraram na primeira rua lateral que encontraram e não foram mais vistos. Polícia Militar e Siate foram acionados para prestar atendimento à vítima e à ocorrência. Os socorristas não puderam fazer nada, apenas constatar o óbito no local. A quantia arrecadada pelos marginais não foi apurada. Estiveram presentes policiais da Delegacia de Furtos e Roubos e do Regimento da Polícia Montada (RPMont). Apesar das rondas realizadas pela região nenhum suspeito foi localizado. Há informação de que pelo menos um menor faça parte do grupo.

A vítima do latrocínio trabalhava há vários anos na lotérica.

Balcão de serviços

Além dos inúmeros tipos de apostas existentes, as casas lotéricas são obrigadas a realizar serviços de banco e aceitar todos os bloquetos emitidos pela Caixa Econômica Federal (CEF). Também recebem o pagamento de contas de água, luz, telefones residencial e celular (certas operadoras); e ainda fazem outros pagamentos. Com a criação do “Fome Zero” pelo governo federal, também recebem doações. O “balcão de serviços” em que se transformaram as casas lotéricas faz com que a transação de dinheiro aumente sensivelmente, o que é um chamariz para assaltantes. A reclamação de alguns proprietários desse ramo comercial é que, apesar de realizar vários serviços bancários, as lotéricas não contam com a mesma segurança que os bancos. A comodidade para o público atrai ladrões e aumenta o risco para comerciantes e funcionários.

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