No dia em que bandidos roubaram cerca de 100 bananas de dinamite em Almirante Tamandaré, uma forte fumaça seguida de movimentação do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar deixou os moradores da Rua Rockfeller, próximo ao cruzamento com a Rua Brasílio Itieberê, nos fundos da Corregedoria da Polícia Civil, no Rebouças, em pânico. Um cliente foi a agência do Banco do Brasil, tentou sacar dinheiro e reparou que o local estava com bastante fumaça. Quando os bombeiros chegaram, suspeitaram da ação de bandidos da gangue da dinamite ou do maçarico. A PM foi acionada e as equipes descobriram que a fumaça não passava de um processo de dedetização não oficializado pela gerência do banco.

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Logo que os bombeiros chegaram, repararam que a fumaça que tomava conta dos caixas eletrônicos não parecia causada por fogo. “Muita fumaça, mas não tinha cheiro e nenhum foco de incêndio. Procuramos e encontramos, em uma das portas internas, um aviso escrito à mão de que a agência passaria por dedetização. Por conta dos constantes ataques aos caixas eletrônicos, estranhamos, pois poderia ser uma tentativa de despistar a polícia, e chamamos a PM”, explicou a tenente Rafaela Beckert.

Em poucos minutos, mais de dez policiais chegaram ao local em três viaturas e praticamente fecharam a rua. O banco foi isolado e os policiais não encontraram nenhum vestígio de que poderia se tratar de um ataque. “Um funcionário que estava em uma parte anexa a agência conseguiu contato com a gerente, que confirmou a dedetização”, disse a tenente. A gerente do banco foi chamada e recebeu orientações.

Os vizinhos dos prédios ao lado da agência ficaram assustados, pensando que algo grave estava acontecendo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os processos de dedetização provocam fumaça, que podem muitas vezes ser confundidos com incêndio. “Por isso, é importante que a empresa avise, ligando pelo 193, formalizando o que será feito no local, para tranquilizarmos vizinhos e, em alguns casos, clientes, caso haja ligações”, explicou a tenente.

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