Frequentador diz que estabelecimento tem três sócios

A mansão de jogatina e orgias era bem frequentada. Todo tipo de pessoa influente era visto por lá. Políticos, empresários e homens da lei de alto coturno. Sem contar os endinheirados, em busca de um pouco de emoção ou simplesmente diversão, em mesas de carteado ou nas reluzentes maquinetas de jogos eletrônicos. Quem detalha é um cliente, assíduo frequentador do local, que concordou em conversar com o Paraná Online, desde que seu nome fosse preservado. “A casa é protegida por forte aparato de câmeras, seguranças e contatos telefônicos. Além disso, recebe a proteção de pessoas influentes, incluindo políticos e policiais”, conta.

De acordo com ele, o estabelecimento possui três sócios. Um deles não atuava neste ramo. Entrou aproveitando “circunstâncias favoráveis”. Atualmente, ao lado de dois grandes bingueiros de Curitiba, mais alguns sócios com menor participação, formaria um grupo responsável por pelo menos 50 casas de bingo, em pleno funcionamento na capital, com a ciência e proteção de autoridades.

Fotos

O imóvel do Parolin seria de um empresário, que alugava a propriedade para os barões da jogatina. Quatro fotos, apreendidas pelos policiais e que ficavam penduradas numa das paredes da casa, chamam a atenção. O homem que tem seu nome registrado no alvará aparece ao lado de políticos, todos eleitos recentemente. Um deles de São Paulo. As imagens foram captadas numa convenção partidária realizada em Curitiba, em 2010.

Na mansão, sempre havia pelo menos três atendentes femininas. Uma no bar e outras moças servindo os clientes. As bebidas, além de jantares e lanches, eram sempre cortesia. Somente clientes conhecidos, ou cadastrados, podiam ir à casa. Eles telefonavam, informando que estavam chegando, para que os seguranças abrissem o portão. Os pagamentos eram feitos com cheques e cartões eletrônicos. Ontem, quando os investigadores invadiram o local, ocorria uma festa que, como de costume, já tinha sido informada a todos os clientes por mensagens de celular. Pelo teto havia bexigas que, normalmente, continham “créditos” dentro para que os clientes brincassem nas máquinas caça-níqueis. Eram valores em dinheiro, a partir de R$ 200,00.