Foz funciona como porta de entrada para entorpecentes

São Paulo ? O comerciante Fadi Hassan Nabha, de 28 anos, morador do bairro da Aclimação, em São Paulo, onde tinha um restaurante e um açougue, que fornecia carne para a comunidade muçulmana, foi preso anteontem pelo Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ser um dos líderes da máfia libanesa no Brasil. A polícia estima que o grupo movimentava de 400 a mil quilos de cocaína por mês. A droga, que entrava por Foz do Iguaçu, era vendida no mercado interno ou no Oriente Médio, para onde viajavam de 30 a 40 pessoas, as chamadas “mulas”, carregando o pó em seus corpos ou bagagens todo mês.

A investigação que começou há dois anos. A droga comercializada pelos libaneses era de origem colombiana. Eles pagavam US$ 2 mil pelo quilo, que era enviado a Foz. De lá, a cocaína seguia para São Paulo. No mercado interno, revendiam-na por US$ 4.500,00 o quilo. No Líbano, a mesma quantidade vale até US$ 60 mil.

No porta-malas da Parati do detido havia duas bolsas com 30 quilos da droga embalada em pacotes de um quilo. Perto dali, em outro carro, um Mitsubishi Colt, os policiais detiveram o comerciante Abdul Moneym Kassem Ahmad, de 33 anos, que acompanhava Nahba.

No bolso de suas calças, os investigadores encontraram as chaves de dois outros veículos, um Corsa e um Corolla, onde os policiais apreenderam mais 12 pacotes de um quilo de cocaína, dentro de uma caixa de papelão vermelha. A polícia continua a investigar o grupo e espera realizar mais prisões como conseqüência da detenção dos dois acusados.

Voltar ao topo