Força-tarefa investigará execução de testemunha

Uma força-tarefa policial especial será criada para investigar a morte do contrabandista Jurandir Pereira de Oliveira, de 38 anos, conhecido como “Pacu”, ocorrida domingo, em Foz do Iguaçu (PR). Ele foi encontrado morto a tiros de pistola calibre 7.65.

A Polícia Federal também instaurou inquérito. Pacu tinha se oferecido à PF para dar informações sobre o contrabando na fronteira com o Paraguai, que contaria com o envolvimento de policiais federais e rodoviários, além de fiscais da Receita Federal.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, quer que um delegado de Curitiba seja indicado para comandar as investigações. “A morte do Jurandir não pode ficar impune como os assassinatos de testemunhas da CPI do Narcotráfico”, afirmou Delazari. A Operação Sucuri, desenvolvida pela Polícia Federal, levou à prisão, em março, 23 policiais federais, sete fiscais da Receita, três policiais rodoviários federais e dez atravessadores de contrabando. Eles respondem o processo em liberdade.

A PF informou ontem que “Pacu” tinha entrado de forma espontânea no Programa de Proteção Especial de Testemunhas, no último dia 4, ficando primeiramente na própria sede da PF em Foz do Iguaçu e, depois, em um hotel. No dia 9, ele compareceu na Justiça Federal para prestar esclarecimentos. No dia 19, “Pacu” prestou depoimento à Justiça, quando negou as acusações que tinha feito contra funcionários públicos. Ele também informou que tinha procurado a PF para se desligar do programa de proteção. Desde esse dia, instalou-se por conta própria em um hotel da cidade, onde foi morto no último domingo, por volta das três horas da madrugada.

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