Um sinal de luz no portão de ferro era a senha para jogadores entrarem em um cassino, que funcionava na Avenida Comendador Franco, 2.825, Jardim das Américas. O local era freqüentado por idosos, que tiveram a diversão encerrada com a "batida" de policiais do 7.º Distrito (Vila Hauer). "Vocês chegaram e é sinal de sorte. Espera aí um pouco!", disse uma senhora com mais de 65 anos, que tentava ganhar alguns trocados na máquina de caça-níqueis.
O delegado Hamilton Cordeiro da Paz, titular do distrito, informou que as 11 clientes, que foram encaminhadas à delegacia para serem notificadas em termo circunstanciado, tinham entre 65 e 87 anos. Também três funcionários da casa de jogos foram detidos.
Apesar da idade avançada, a maioria das jogadoras não se importou com a entrada da polícia e queria, ao menos, terminar a jogada. Os policiais tiveram que retirar as idosas das máquinas, que estavam ligadas em uma sala escura, para não levantar suspeitas.
Estouro
Hamilton disse que os policiais ficaram de campana nas proximidades do cassino durante a tarde e perceberam a movimentação. Por volta das 20h30, os policiais encostaram a viatura descaracterizada e deram sinal de luz. O problema foi que o porteiro, ao atender o primeiro sinal de luz, reconheceu os investigadores. "Nós o havíamos detido quando estouramos outro cassino", esclareceu o superintendente Luiz Carlos Durieux. "Nós fechamos um cassino no início de fevereiro. Coincidentemente, o porteiro é o mesmo. Acreditamos que o proprietário do estabelecimento também seja o mesmo", completou o delegado. Para "estourar" a casa de jogatina, os investigadores tiveram que pular muro e o telhado.
O delegado apurou que o estabelecimento funcionava há 15 dias, mas o imóvel foi locado há um mês. "Eles fizeram reformas", explicou. Ele disse que o local foi periciado e 17 máquinas caça-níqueis foram recolhidas no depósito da Polícia Civil. "A determinação da Secretaria de Segurança Pública é que todos os locais desta natureza sejam fechados", salientou Hamilton.