Família pede a captura do matador de comerciante

Parentes e amigos do comerciante Reginaldo Storrer organizaram um pequeno e pacífico protesto segunda-feira de manhã, em frente à Delegacia de Homicídios, na Rua Ermelino de Leão, Centro. Com faixas e cartazes contendo fotos do rapaz e mensagens de paz e justiça, cerca de dez pessoas pediam agilidade da polícia na captura do comerciante José Adib Zamprogna, 64 anos, acusado de assassinar Reginaldo em 21 de março, na BR-476, Vila São Pedro, Xaxim.

“Não queremos que seja mais um nome na lista da impunidade”, disse a secretária executiva Sirlei Corrêa, amiga da vítima. Dias depois do crime, o acusado se apresentou à polícia, confessou o crime alegando legítima defesa e foi liberado para esperar o desenrolar do processo. Há cerca de dez dias, a Justiça decretou sua prisão temporária, mas ele não foi encontrado pela polícia. “Estamos atrás dele e já visitamos todos os supermercados de sua propriedade”, falou o superintendente Neimir Cristóvão, da DH.

Os amigos montaram um “dossiê” com matérias publicadas pela Tribuna a respeito do assassinato, artigos de amigos e parentes comentando o crime e um abaixo-assinado contendo 1.000 assinaturas, declarando revolta com o crime e tratando a vítima como pessoa “respeitadora, bom filho e excelente pai”.

Morte

Reginaldo, de 32 anos, foi morto com três tiros nas costas às 18h15 de 21 de março, uma sexta-feira. Proprietário de uma distribuidora de água mineral, ele trafegava com sua Kombi quando foi fechado por um Corsa e uma outra Kombi – esta, segundo testemunhas ouvidas pela polícia, trazia o logotipo do Supermercado Zamprogna. Depois, soube-se que o Fiesta também pertencia a um membro da família Zamprogna.

Reginaldo namorava havia dois anos uma jovem de 23, filha de José Zamprogna, dono do supermercado. A família da moça era contra o relacionamento, supostamente pelo menor poder aquisitivo do rapaz, e isso teria motivado o crime. “Se não queriam o namoro, poderiam nos procurar, ou chamar a polícia, mas não matá-lo. Nunca entenderemos o porquê dessa violência”, lamenta a mãe de Reginaldo, Terezinha de Jesus Storrer, 52 anos.

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