Família dá recompensa por prisão de assassino

Ainda estão foragidos os suspeitos do assassinato do mecânico João Alves de Souza. O crime aconteceu no dia 13 de maio de 2003. Florêncio Miguel do Nascimento (foto), 42 anos, e seu filho Robson Miguel do Nascimento têm mandado de prisão expedido, mas a polícia não tem pistas do paradeiro dos dois. O motivo do crime seriam R$ 500,00 e o carro de João.

A família, ainda revoltada pela brutalidade do crime, oferece uma recompensa de R$ 5 mil para quem fornecer informações que levem à prisão dos acusados. A denúncia pode ser anônima e deve ser feita à Delegacia de Homicídios, pelo telefone 224-1348, ou pelo serviço de emergência da Polícia Militar, 190.

Brutal

Os acusados trabalhavam em uma oficina mecânica que pertencia à vítima, no bairro Hauer, em Curitiba. No dia do crime, após fecharem a oficina, por volta das 18h50, Florêncio e Robson pegaram uma carona com João, que dirigia seu Fiat Uno. No caminho, o motorista teria levado uma pancada na cabeça e caído desacordado.

João foi levado para Pinhais, onde teria sido executado. Graças a um telefonema anônimo, policiais da Delegacia de Homicídios encontraram seu corpo em um terreno baldio na Rua Castelo Branco, atrás do Supermercado Carrefour, nove dias após o crime. A vítima tinha os pés e as mãos amarrados com cordas de náilon e, devido ao avançado estado de decomposição do corpo, a causa da morte não pode ser constatada imediatamente. Porém, exames do IML e do Instituto de Criminalística apuraram que João foi vítima de um tiro na cabeça, que teria sido disparado ainda dentro do carro.

Florêncio ainda foi visto em sua casa, no Bairro Alto, na noite do crime, com o carro de João. Mas no dia seguinte a polícia encontrou a casa vazia, com todos os móveis e até roupas deixados para trás.

Carro

No mesmo dia em que o corpo foi encontrado, duas pessoas compareceram à DH com o Uno de João. Elas haviam comprado o carro de Florêncio no dia seguinte ao crime e só teriam tomado conhecimento que o veículo era roubado através da imprensa.

Quem as atendeu foi o então superintendente Neimir Cristovão. “Eles compraram na pedra em Pinhais. O recibo do veículo estava assinado e iriam pagar R$ 5 mil pelo carro. Mas desconfiaram e pediram a presença do proprietário, que deveria fazer uma declaração em cartório. Provavelmente o criminoso obrigou a vítima a assinar o documento antes de matá-la”, relatou na época o policial.

Para garantirem o negócio os compradores deram a entrada de R$ 1.500,00 para Florêncio e marcaram um novo encontro, que seria na segunda-feira, onde entregariam o restante, mas ele não apareceu. Os investigadores da DH e a promotoria não têm pitas do paradeiro de Florêncio e Robson.

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