Família contesta causa de homicídio

A situação que causou a morte de Jaime Correia da Luz, 23 anos, não está esclarecida para a família dele. Na tarde de ontem, parentes compareceram à Delegacia de Homicídios para prestar depoimento e contestar a informação divulgada pela polícia, de que a vítima morreu tentando assaltar um coletivo, às 21h30 de sexta-feira, na Avenida Juscelino Kubitschek, ao lado da Praça Mané Garrincha, Cidade Industrial.

De acordo com Jairo, irmão da vítima, uma testemunha do assassinato teria contado que Jaime foi morto por um policial militar à paisana e que não houve nenhuma tentativa de assalto. Na versão apresentada pelos parentes ao delegado Armando Braga, a vítima nem sequer chegou a entrar no coletivo. “Ao pisar na escada do ônibus, um homem encostou a arma no queixo de Jaime e gritou volta, volta. Quando estava no chão, o matador disparou por duas vezes nas costas do meu irmão”, relatou Jairo. Depois de efetuar os tiros, ainda segundo a família do morto, o assassino teria entrado em uma viatura da PM e mais tarde retornou ao local em uma motocicleta.

O caso tornou-se obscuro devido a falta de testemunhas. Nem o cobrador nem o motorista do ônibus foram encontrados no local para prestar esclarecimentos e nenhuma arma foi encontrada junto ao corpo.

Familiares da vítima querem que o caso seja esclarecido. “Está tudo muito confuso. Pode ser um PM ou quem sabe um vigia o autor do crime”, disse Jairo.

O delegado Braga afirmou que diante dessas informações vai pedir esclarecimentos ao comando do 13.º Batalhão da PM. A primeira versão sobre a morte diz que Jaime, acompanhado de uma moça, tentou assaltar o cobrador do ônibus. Ele teria simulado estar armado e, ao abordar o funcionário, um passageiro reagiu e atirou contra ele.

Voltar ao topo