Nem sempre um inquérito arquivado fica para sempre nas prateleiras. Novas provas podem fazer com que seja reaberto e gere mais investigação. Foi o que aconteceu com o que investigava a morte de Denis Robson Pinto, 28 anos, assassinado em 5 de abril de 2007. Josilmo Josias Lins, na época, foi inocentado por falta de provas, mas poderá ter que responder novamente por esse crime. Confronto balístico em um revólver apreendido com ele indica que a arma foi usada no homicídio de Denis e de dois rapazes, na Cidade Industrial.
Denis foi executado a tiros na Rua Doutor Hernani Simas Alves, na CIC. O delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios, explicou que o inquérito concluído foi mandado à Justiça. Josilmo foi a júri, mas o promotor decidiu arquivar o inquérito pela falta de consistência das provas, que eram meramente testemunhais.
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Há alguns meses, explicou Recalcatti, Josilmo foi preso em flagrante com um revólver calibre 38. O confronto balístico mostrou que a arma matou Denis, Márcio Batista Ribeiro, em 26 de abril de 2008, na Vila Barigui, e Leonidas Martins da Silva, na mesma época. Quando o promotor de Justiça recebeu o laudo, encaminhou o processo à Delegacia de Homicídios, para reabertura das investigações.
Novas provas foram coletadas e mais testemunhas ouvidas. Josilmo foi novamente interrogado, negou o homicídio e disse que o revólver não era dele, alegando que a polícia achou a arma no meio do mato. Mas no depoimento do policial que prendeu Josilmo, de acordo com Recalcatti, o suspeito foi detido com a arma na cinta. O inquérito foi novamente concluído e encaminhado ao Ministério Público.