| Anderson Tozato |
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| Vítima tinha envolvimento com drogas. |
Recém-saído da penitenciária, Claudemir Antônio Pereira, 26 anos, o "Fião", não teve muito tempo para aproveitar a liberdade. Ele passou a morar com a irmã em uma espécie de pensão, na Rua Ludovico Bauml, Jardim Independência, Fazendinha, e lá foi assassinado às 19h de sexta-feira.
A dona do conjunto de quartos nem desconfiou quando um rapaz moreno claro, baixo e gordo, pediu para ver um aposento para alugar. Ela foi mostrar as instalações, mas logo percebeu a real intenção do desconhecido. Ele puxou uma cortina e viu "Fião" sozinho dentro do quarto e atirou cerca de quatro vezes.
De acordo com levantamento inicial do perito Fontoura, da Polícia Científica, "Fião" recebeu um tiro que atravessou a mão e outro no peito, embaixo do braço. "Exames complementares vão definir a quantidade exata de tiros que atingiram a vítima", disse o perito.
Para os investigadores Lopes e Lima, da Delegacia de Homicídios, o motivo do assassinato pode ter sido um rixa antiga da vítima. "Ele esteve preso cinco anos", comentou Lopes. "Fião" tinha envolvimento com drogas e, conforme relatado pelos soldados Canedo e Jeferson, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, teve passagem por roubo. "Ele saiu com alvará de soltura há cerca de dois meses", disse Jeferson.
Outro ex-detento morre com 12 tiros
Vários tiros foram ouvidos por moradores da Vila Nova Barigüi, CIC, na madrugada de ontem, e, pela manhã, o corpo de Marcos Dias da Cruz, 27 anos, apareceu boiando no rio que corta a vila, próximo à Rua Wladislau Brante. O rapaz estava com uma carteira de identidade falsa e já tinha cumprido pena de dois anos na Penitenciária Central do Estado (PCE).
O corpo foi tirado da água por equipe dos bombeiros, só então pôde-se constatar que Marcos tinha sido morto com 12 tiros. Levantamento preliminar da Polícia Científica contou quatro tiros nas costas da vítima, outros quatro no rosto, um no pescoço e três no ombro. Próximo a uma poça de sangue, na margem do Rio Barigüi, foi encontrado um cartucho calibre 380, para pistola.
Conforme apurado pelos investigadores Magalhães e José Luiz, da Delegacia de Homicídios, Marcos passava os dias perambulando pelas ruas do bairro. Com ele foi encontrada a identidade em nome de José Luiz dos Santos, falsificada, de acordo com informações que um parente da vítima passou aos policiais.



