João de Noronha
Miguel recebeu três tiros na cabeça.

Quando caminhava com sua amásia pela Rua Tijucas do Sul, no Sítio Cercado, o ex-presidiário Miguel Alencar dos Santos Piasson, 28 anos, foi executado com três tiros, às 15h30 de ontem. Atingido no pescoço e no peito, o rapaz tombou morto no meio da rua, ao lado da mulher, grávida de nove meses.

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Apesar de estar ao lado do amásio, na hora da execução, Maria Lúcia do Prado Varela, 42 anos, não colaborou em nada com a polícia sobre o crime e muito menos descreveu o autor. Ela disse que o casal foi na casa de sua mãe almoçar e ver a filha dela. Por volta das 15h20 se despediram. "Nós iríamos na casa dos pais dele, que também fica aqui no Sítio Cercado", contou. Os dois caminhavam normalmente e conversavam, quando Maria Lúcia ouviu estampidos. "Pensei que eram foguetes. Só vi ele caindo. Minha vista escureceu e não vi nada na minha frente. Tomei um grande susto", lembrou a mulher, ainda trêmula. Ela disse que convivia com Miguel há um ano e três meses. "Antes disso, ele esteve preso por tráfico de drogas, mas ultimamente nem usava. Só bebia", contou.

O soldado Gawleta, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência junto com seu colega Marco Antônio, disse que populares acionaram a PM e relataram que o atirador estava sozinho e de bicicleta. "A amásia da vítima que estava junto não relatou nada disso. Possivelmente o crime foi motivado por drogas, devido aos antecedentes do rapaz", suspeita o policial.

A perita Jussara Joeckel, da Polícia Científica, disse que os tiros foram disparados de uma distância curta. "A vítima nem saiu do lugar. Caiu ali mesmo", comentou a perita.

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O investigador Nei, da Delegacia de Homicídios, lamentou que a mulher não sabia dizer como Miguel foi executado. "Em tese, ela seria a testemunha ocular do crime, mas não consegue descrever nada, apesar de seu marido ter levado três tiros", disse o policial.