Ex-presidiário fuzilado durante acerto de contas

Seis tiros de revólver decretaram o fim do perigoso Carlos Gelinski, 34 anos. Acusado de assaltos e considerado “encrenqueiro” pela polícia, ele foi surpreendido no início da noite de segunda-feira na continuação da Rua Caxias -um carreiro que corta o alagado na região do canal extravasor do Rio Iraí, entre o Jardim Tropical e o Holandês, Piraquara. Ninguém testemunhou o assassinato, que, segundo a delegacia local, foi um provável acerto de contas entre criminosos.

Carlos estava em liberdade condicional, após ser preso sob acusação de vários assaltos. Na noite de 28 de fevereiro do ano passado, ele e dois menores foram presos em flagrante pelo Regimento de Polícia Montada, acusados de roubar o cobrador do terminal de ônibus do Bairro Alto e um posto de combustíveis, no Ahu. Na ocasião, Carlos foi apontado como suspeito de assaltos a uma pizzaria, uma churrascaria no Tarumã, uma boate em São José dos Pinhais e outro posto de combustíveis. Recolhido ao xadrez do 5.º Distrito Policial, ele foi encaminhado na seqüência para a Casa de Custódia de Curitiba (CCC). Antes, em outubro de 2000, fora baleado na perna durante tiroteio numa boate no bairro Guaraituba, em Colombo, no qual um mulher morreu. “Era pinta brava”, resumiu o investigador Soccol, da Delegacia de Piraquara.

Seis tiros

Um morador do Jardim Tropical encontrou o corpo de Carlos às 19h30 de segunda-feira, mas a PM só foi chamada às 21h, segundo o soldado Elvis, do 17.º Batalhão. Ao lado do cadáver estava uma bicicleta, provavelmente da vítima, que ainda tinha nos bolsos uma carteira com documento de identidade e algumas cédulas de um real. Ele levou três tiros na barriga, um na cabeça, um na virilha e um no joelho. A polícia recolheu cápsulas de revólver calibre 38 perto da vítima.

“A pessoa que ouviu os tiros estava na residência mais próxima, a 300 metros de distância”, falou o policial. Baseado nos antecedentes de Carlos, Soccol supõe uma vingança ou acerto de contas.

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