Ex-policial militar preso com arsenal

O ex-policial militar Vlademilson Ricardo Varella, 40 anos, foi surpreendido no fim da manhã de ontem por policiais da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) com um arsenal. Ex-segurança do bicheiro Marcelo Bertoldo, 32 anos, assassinado em março deste ano, Vlademilson estava de posse de uma pistola calibre nove mílimetros, outra calibre 380 e duas de brinquedo. Além de várias caixas de munição, foram apreendidos uma touca balaclava, dois telefones celulares e uma carteira de identificação falsificada da Polícia Civil.

Vlademilson foi encaminhado ao 10.º Distrito Policial (Sítio Cercado), onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma, usurpação de função pública e uso de documento falso. Como o distrito não possui carceragem, ele foi removido ao 11.º DP (CIC), onde deverá permanecer recolhido.

Prisão

O cabo Tibola contou que patrulhava a Rua Nicola Pelanda, junto com os soldados Reverson, Marco Aurélio e Luciano, quando uma pessoa informou que o condutor de um Gol vermelho estava fortemente armado e se identificava como investigador da Polícia Civil. Os PMs fizeram a abordagem e encontraram o arsenal. Em seguida, foram até a casa de Vlademilson, que é de propriedade de Marcelo Bertoldo e localizaram a motoneta Biz placa ALR-4306, que também está em nome do bicheiro. "Ele disse que trabalha com o jogo do bicho e fazia a segurança pessoal de Marcelo", relatou Tibola. O ex-PM contou aos policiais da Rone que iria vender as armas e as munições para um homem chamado Sérgio, que também seria segurança do jogo do bicho.

Bicheiro

Marcelo Bertoldo foi executado às 21h20 do dia 16 de março deste ano, em frente ao Bar e Mercearia Gorski, na Rua Tobias de Macedo Júnior, no Santo Inácio. Ele conversava com seu pai, quando os matadores, que ocupavam uma motocicleta, aproximaram-se dele e atiraram. Marcelo morreu na hora, crivado de balas. De acordo com a perícia no local, levou cerca de 15 tiros.

Na época do crime, a polícia apurou que, seis meses antes, Marcelo havia se desentendido com os cooperados do jogo do bicho e, desde então, recebia ameaças. Ainda foi apurado que a vítima liderava o jogo em Campo Largo, porém estaria expandindo seus negócios e "invadindo" o espaço de outros bicheiros.

Apesar de as investigações apresentarem bons resultados no começo, até hoje não há definição de quem seriam os autores do crime. "Não temos novidades. O inquérito está correndo em segredo de Justiça", resumiu o delegado Adonay Armstrong, titular da Delegacia de Homicídios.

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