Está decretada a prisão preventiva do ex-policial militar Rogério Paschoal, suspeito de matar Márcio Ferreira Grochentz, 38 anos, em 27 de dezembro, numa tentativa de assalto. Sem ainda ter completado 30 anos, Rogério tem histórico criminal expressivo. Foi expulso da Polícia Militar e em junho de 2005 já esteve preso na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), pelo roubo de um Vectra.
Ele ainda é suspeito de cometer outros assaltos da veículos no Jardim das Américas, bairro onde matou Márcio, na companhia de um indivíduo que também seria ex-policial. Investiga-se a possibilidade do comparsa ser o mesmo que foi preso com ele em 2005.
Crime
Márcio chegava de carro em sua casa, na Rua Câmara Júnior, Jardim das Américas, na noite de 27 de dezembro, quando foi abordado por dois indivíduos armados.
Em vez de entregar o carro, Márcio deu marcha à ré e bateu o Gol. Os assaltantes deram dois tiros na porta do motorista, atingindo a vítima na barriga. Na fuga, os bandidos roubaram duas bicicletas do vigilante de uma empresa próxima, que depois reconheceu os marginais através de fotos.
Há suspeitas de que Rogério esteja em Curitiba, andando normalmente pelas ruas, sem medo de ser preso. Quem tiver informações do ex-policial pode ajudar a polícia pelo telefone (41) 3329-6744, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, ou pelo 190, da Polícia Militar.
Batalha perdida
Familiares de Márcio estão revoltados e querem, o quanto antes, ver o ex-policial na cadeia. ?Por causa desse bandido, perdemos outra pessoa na família. Meu pai morreu de enfarte três dias depois?, contou Elizabeth, irmã de Márcio. A vítima era hemofílica e, por causa da doença, tinha limitação de movimentos. ?Ele era indefeso?, disse a irmã.
Paola, sobrinha de Márcio, também estava indignada. ?Quando descobriram a doença, médicos disseram que ele não passaria dos cinco anos de idade. Para nós é uma vitória ele ter vivido até os 38 anos e isso era uma alegria para minha mãe e meu avô. A dor de ver essa feliz batalha interrompida foi tão grande, que meu avô não suportou?, relatou.