A estudante universitária Amanda Rossi, 22 anos, foi encontrada morta na manhã de ontem, na casa de máquinas da piscina do campus da Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina. Segundo exames preliminares da Polícia Científica, Amanda foi asfixiada e levou uma pancada na testa. Ela desapareceu no sábado em um festival de hip-hop na Unopar, do qual participavam cerca de 200 pessoas.
O delegado Sérgio Luiz Barroso, chefe da 10.ª Subdivisão da Polícia Civil de Londrina, acredita que o autor ou autora do crime era conhecido da estudante e a atraiu para o local, que é afastado da quadra onde ocorria o evento. ?Há uma lesão na testa. Mas ainda não sabemos se ela levou um soco ou uma pancada de algum objeto. Não foi a causa da morte, que foi asfixia por esganadura?, disse Barroso. Ele disse que não há sinais de que Amanda reagiu. ?Não há sinais de defesa e nem de violência sexual. Talvez, ela estivesse inconsciente quando foi esganada?, suspeita o delegado.
Barroso disse que as investigações começaram pela manhã, quando o corpo foi encontrado, e que a polícia está trabalhando com todas as hipóteses. ?Pode ter sido um latrocínio, um homicídio ou um homicídio seguido de furto, pois desapareceram alguns pertences da vítima. Estamos trabalhando com diversas linhas de investigações. Só com a prisão do acusado ou acusada é que o motivo será esclarecido?, enfatizou o delegado.
Mistério
O caso ainda é um mistério para a polícia, que instaurou inquérito policial, que será presidido pelo delegado Joaquim Antônio de Melo. ?Os trabalhos ainda estão começando. Por enquanto temos hipóteses?, salientou. Ele disse que, nos próximos dias, serão ouvidos estudantes que participavam do evento, amigos e parentes de Amanda. A polícia quer saber com quem Amanda estava no evento e se a estudante tinha inimigos ou estava recebendo ameaças de morte. Ontem, quatro amigas da estudante foram ouvidas, mas o teor dos depoimentos não foi divulgado.
A jovem cursava o segundo ano do curso de Educação Física na Unopar. A polícia apurou que Amanda estava na quadra participando do evento quando seu celular tocou, às 23h. Depois disso, ela não foi mais vista. O alerta foi dado no mesmo dia, mas não havia qualquer pista da estudante. Ontem pela manhã, um zelador da universidade localizou o corpo caído dentro da casa de máquinas da piscina e acionou a polícia.
Carteirinha
A reitora da Unopar, Elisabeth Bueno Laffranchi, afirmou ontem que irá colaborar para a elucidação do caso. A assessoria de imprensa da universidade informou que os alunos possuem carteira de identificação para entrar no campus e que a casa de máquinas é um local restrito para alunos.