Estourado desmanche em Campo Largo

Dois homens foram presos por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) no início da tarde de quinta-feira, após ser descoberto pela polícia mais um desmanche de veículos que funcionava em uma chácara em Campo Largo. Luís Puhl Lopes, 33 anos, e Marcelo Timóteo Link, 22, foram autuados por receptação e adulteração de sinal identificador de veículos. Os dois seriam os responsáveis pelo corte dos carros. O proprietário da chácara, identificado como Deonecir Luiz Carraro, o “Polaco”, está foragido.

De acordo com o delegado Hamilton da Paz, titular da DFRV, investigadores da especializada estavam realizando diligências pelo bairro Pinheirinho, em Curitiba, quando na Avenida Isac Ferreira da Cruz, viram um carro suspeito (Toyota Bandeirante) estacionado em frente a uma loja de auto-peças e resolveram verificar a situação. Na carroceria do veículo, os policiais encontraram partes da lataria de um Santana Quantum e dois motores (marca Chevrolet e Volskswagen) que estavam com as numerações identificadoras danificadas. Os dois ocupantes do Toyota (Luís e Marcelo) foram presos em flagrante.

Chácara

Durante o interrogatório, a dupla contou que onde funcionava o desmanche e que eles eram os responsáveis pelo corte dos carros furtados ou roubados levados para a chácara. “Eles contaram ter cortado nos últimos meses pelo menos 15 carros”, disse o delegado. Luís contou que o Toyota e a chácara pertencem a “Polaco” e que as peças transportadas no veículo haviam sido carregadas em um barracão à margem da BR-277, em Campo Largo, e seriam entregues em lojas de auto-peças. Sobre as peças encontradas no Toyota, a polícia descobriu que o Santana Quantum havia sido furtado na última segunda-feira, no bairro Água Verde. Já o motor Chevrolet, pertencia a um Vectra que foi levado à chácara no dia 4 de março.

Desmanches

Somente nesses primeiros meses do ano a DFRV já “estourou” oito desmanches, quatro deles em cidades da Região Metropolitana e o restante em Curitiba. Em 2003, o número chegou a 35 desmanches localizados. Hamilton ressaltou que as investigações continuam com a intenção de identificar os marginais que praticam o furto e roubo de carros que são levados para o desmanche. A fiscalização sobre as lojas de auto-peças, prováveis compradores do material cortado, também será reforçada. “As lojas são constantemente verificadas. As que possuem alvará de funcionamento são fiscalizadas severamente enquanto as que trabalham na ilegalidade (sem alvará) são imediatamente fechadas”, explicou o delegado.

Para funcionar sem problemas, as lojas de auto-peças necessitam ter o alvará de funcionamento concedido pela prefeitura da cidade e além disso há necessidade de passar pelo crivo da DFRV.

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