Estelionato reúne inquéritos contra vigarista

O delegado geral da Polícia Civil, Jorge Azôr Pinto, designou essa semana que a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas assuma as investigações das denúncias contra o proprietário do site TV Injustiça e da empresa Vera Cruz, Neviton Pretty Caetano. O objetivo é centralizar em uma única especializada os diversos inquéritos policiais que foram instaurados contra ele, antes de sua prisão, nos distritos da cidade. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), que efetuou a prisão do estelionatário na última sexta-feira, continua dando apoio ao caso.

Segundo o delegado titular da especializada, Roberto Heusi, até ontem sete inquéritos policiais – entre eles um por crime de racismo e outro por extorsão -, foram encaminhados à especializada por outros distritos policiais. Os casos apresentados são referentes a crimes cometidos desde 1999 até agora.

Cope

Como se já não bastassem os inquéritos policiais que Neviton angariou com suas tramóias, desde 1999, na quarta-feira ele foi indiciado por mais dois crimes. De acordo com o delegado Marco Antônio Goes Alves, do Cope, a mulher que denunciou Neviton por tentativa de estupro registrou oficialmente a queixa contra ele. Ela também reconheceu três seguranças que trabalhavam para o estelionatário, como sendo os homens que o acompanhavam durante os encontros que Neviton promovia para extorquir empresários.

Os funcionários Cornélio Luiz Goetz, 38 anos; Márcio Antônio dos Santos, 29, e Claudinei de Souza Alexandre, 33, foram indiciados por formação de quadrilha, ouvidos e liberados. Segundo o delegado, Claudinei é policial militar da Companhia de Choque e estava em licença, aproveitando o tempo livre para trabalhar para o estelionatário. “Eles foram liberados porque não estavam no período de flagrante. Os três eram contratados para fazer a segurança de Neviton, acompanhá-lo durante as negociações e intimidar as vítimas”, explicou o delegado.

Fita

A polícia confirmou ontem a existência de uma fita gravada, onde Neviton aparece extorquindo um empresário, dono de uma mina de ouro, situada em Campo Largo. Ele teria alegado que a extração do ouro é feita de forma ilegal, e exigia dois quilos do minério para retirar a denúncia do site TV Injustiça. “Isso está sendo mantido em sigilo”, disse o delegado Heusi. Acredita-se que os policiais deverão investigar o funcionamento da mina, confirmando se é legal ou não.

Voltar ao topo