Esquartejadora poderá ter prisão especial

A esquartejadora de Itapoá (SC) poderá ganhar, ainda esta semana, direito a cela especial. Romilda Manske, 48 anos, que matou, picou e cozinhou o companheiro Joel Ferreira da Silva, 23, é formada em Pedagogia. Por esse motivo, o advogado dela vai requerer transferência para um local que tenha cela separada – o presídio de Joinville, onde ela está desde quinta-feira, não possui esse tipo de acomodação. Caso o juiz aceite a solicitação do advogado Benjamim Coelho Filho, Romilda poderá ser transferida nas próximas horas.

De acordo com Benjamim, a defesa de Romilda será baseada na tese de legítima defesa. “Ela agrediu e matou para preservar a própria vida”, argumentou o advogado. Ele admitiu que o “grande erro” da professora, que dava aulas na cidade de Itapoá, litoral catarinense, foi ter ocultado o cadáver. Joel foi morto em 11 de janeiro e até quarta-feira passada, quando Romilda foi presa e confessou o crime, era dado como desaparecido.

O crime

Depois de matar o amante em casa, com golpes de uma banqueta de madeira, Romilda, a princípio, se apavorou e fugiu ao vê-lo caído ensangüentado. Voltou ao quarto do casal cerca de uma hora depois e decidiu cortar o corpo em pedaços para se livrar dele.

Com facas caseiras, esquartejou Joel e colocou as partes em sacolas, para desovar em terrenos baldios. Percebeu, porém, que deixaria muitos rastros de sangue e mudou de idéia. Romilda passou alguns dias cozinhando os pedaços do companheiro, para acabar com o sangue e o mau cheiro. Separava os ossos da carne e guardava-os na geladeira até completar o serviço. Depois disso, saiu com os ossos em pequenas sacolas e espalhou-os em diversos terrenos. Ao ser presa, após denúncia anônima, contou tudo e disse que matou para não ser morta – Joel a ameaçava e naquela noite teria estuprado. Ela mesma ajudou os policiais a localizar os ossos.

Voltar ao topo