Espanca mãe até a morte e diz não lembrar de nada

Bêbado e agressivo, Clodoaldo Paixão da Cunha, 31 anos, espancou a mãe até matá-la, no início da madrugada de ontem. Depois foi dormir. O corpo de Inês Eutimia da Cunha, 57 anos, foi encontrado pelo outro filho dela e pelo patrão dele, que foi buscar o rapaz para o trabalho, pouco antes das 8h. O crime foi cometido na casa onde a mulher morava com os dois filhos, na Rua São Luiz, Santa Terezinha, em Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba. Clodoaldo disse não lembrar de nada.

"Como vou colocar você na cama?", foi a última frase ouvida de Inês, logo após um conhecido da família ter levado Clodoaldo para casa e deixado o homem, completamente embriagado, deitado no chão, por não conseguir levá-lo até a cama. A barbaridade só foi descoberta quando o irmão do acusado, que tinha dormido na casa de uma amiga, retornou e encontrou o corpo da mãe caído ao lado da cama, com marcas de agressão. Mas foi seu patrão quem chamou a Polícia Militar, relataram os soldados Menezes e Debski, do 17.º Batalhão.

Cerveja

Clodoaldo se embriagou durante o jogo de sinuca em um bar da região, na noite de sexta-feira. Clodoaldo perdeu uma caixa de cerveja, apostada na partida, e não agüentou as brincadeiras dos amigos. A primeira agressão foi respondida com um soco, que derrubou o homem. "Caí com o copo de cerveja e cortei a mão", contou. Em seguida, com o caco de vidro, feriu o rosto do agressor. A confusão aumentou e, segundo relato de testemunhas, foram necessários três homens para contê-lo.

Nesse instante, apareceu o conhecido da família, que, percebendo a situação, achou melhor levar Clodoaldo para casa, por volta das 23h30 de sexta-feira. Na residência, deixou o homem caído no chão, pois não conseguia colocá-lo na cama.

Ontem de manhã, o patrão do irmão de Clodoaldo chegou para levá-lo ao serviço e viu os irmãos em frente ao corpo de Inês. Clodoaldo foi detido pela PM e levado à delegacia local, sem oferecer resistência. O investigador Arnaldo Cruz acompanhou o trabalho da perícia.

Aos policiais militares, Clodoaldo afirmou não lembrar de nada sobre o crime. "Não lembro se fui eu ou se foi outra pessoa", afirmou. Porém, ele recordava da briga no bar, com detalhes. O detido temia pelo seu futuro na prisão. "Se fui eu, vou pagar pelo que fiz, mas não precisam me bater, não estuprei ninguém", declarou. Ele é solteiro e trabalhava como auxiliar de produção. 

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