Enterrado vivo em obra no bairro Tingüi

Desaparecido desde a última quarta-feira, Jaime Sabunaz Franco, 42 anos, foi encontrado morto, com as mãos e os pés amarrados e o corpo enterrado no terreno onde é realizada uma obra, na Rua Macapá, Tingüi. A vítima foi localizada por um funcionário da obra, por volta das 8h30 de ontem. De acordo com a perícia, o homem morreu por asfixia e é possível que tenha sido enterrado vivo.

Assim que o corpo foi encontrado e reconhecido pelo irmão da vítima, a rua ficou cheia de gente, uma vez que Jaime morava a poucos metros da obra. ?Já tínhamos procurado por ele nos hospitais, no Instituto Médico-Legal e, no fim, ele estava aqui, do lado de casa?, contou Denise, cunhada da vítima.

Mistério

Imediatamente, a preocupação pelo paradeiro de Jaime deu lugar ao mistério sobre a motivação do crime. ?Ele levava uma vida tranqüila. Gostava de beber, mas não era briguento. Também não tinha muito dinheiro?, enumerou a cunhada. Jaime não estava trabalhando e vivia do aluguel de uma casa. Amigos dele relataram que Jaime costumava freqüentar um bar próximo de casa e cultivava ?amizades erradas?.

Um desses ?amigos? é considerado um dos principais suspeitos de ter cometido o crime. Segundo informações passadas ao investigador Lopes, da Delegacia de Homicídios, antes de desaparecer, Jaime foi visto com um funcionário da obra, que não teria mais voltado para trabalhar. Porém, a polícia prefere ser cautelosa e não divulga o nome do indivíduo. ?Ainda é cedo para afirmar alguma coisa. Pode ter sido uma briga por causa de bebida. O que sabemos é que o crime aconteceu no terreno da obra?, relatou Lopes.

A perícia constatou que Jaime foi morto por asfixia e o assassino ainda jogou cal sobre o corpo para dificultar a identificação da vítima.

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