Encontrado corpo coberto de cal em terreno baldio

Uma mão humana, que parecia brotar da terra, apavorou o funcionário de uma revendedora de automóveis no Jardim das Américas. Era um corpo já em decomposição e parcialmente enterrado em um terreno baldio na Rua Durval de Morais, ao lado da loja. Ninguém sabe quem é a vítima, que teve o rosto desfigurado e pode ter sido assassinada.

O cadáver foi descoberto por acaso. Na terça-feira à noite houve uma tentativa de furto de pneus e ferramentas na revenda, cuja entrada fica na Avenida Comendador Franco (das Torres). Responsáveis pela loja perceberam e frustraram os ladrões, que já haviam arremessado os objetos para o terreno baldio, através do muro nos fundos. O produto do furto foi recuperado e, pela manhã, um funcionário revirou o terreno em busca de outras peças, mas o que encontrou foi o homem morto, às 9h35 de ontem.

Lixo

A vítima estava junto ao muro e coberta por capim seco e pedaços de compensado de madeira. Estava em decomposição, mas como o lixo deixado no terreno camuflou o cheiro característico os moradores das residências próximas não se deram conta do corpo. O local, segundo a vizinhança, às vezes é usado como refúgio de andarilhos.

Também havia cal por cima do cadáver, principalmente no rosto, o que fez aumentar a suspeita de homicídio. “A cal acelera a decomposição. Ao que parece, foi usada para dificultar o reconhecimento da vítima”, acredita o soldado Marcelino, do Regimento de Polícia Montada (RPMon). A fisionomia do homem, morto há cerca de uma semana, estava mesmo irreconhecível.

Numa análise superficial, o perito Victório Librelon não detectou sinais de violência no cadáver. A causa da morte, porém, só será descoberta com o exame de necropsia do Instituto Médico-Legal.

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