Dupla sai para comprar pizza e acaba na cadeia

A compra de uma pizza foi o começo de uma perseguição cinematográfica, que resultou na prisão de Diogo Ragagnan Medeiros, 21 anos, e Gustavo Rangel, 18, ontem de madrugada. A cena, que durou cerca de quatro horas, teve escaladas em telhados e até tentativa de suicídio. A dupla foi presa por policiais militares da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) e do Comando de Operações Especiais (COE). Diogo e Gustavo foram conduzidos ao 12.º Distrito Policial (Santa Felicidade) e autuados em flagrante por furto e tentativa de roubo.

Diogo contou que saiu de casa – no domingo – com seu amigo Gustavo, para comprar uma pizza. No trajeto, por volta das 22h, eles mudaram de idéia ao ver uma mulher descer do Fiat Uno, placa AIP-5485, na Avenida Manoel Ribas, Santa Felicidade. “Estava chovendo, ela desceu correndo com um cartão nas mãos e foi até o telefone público fazer uma ligação, deixando a chave na ignição”, contou Diogo. “Vimos o carro dando sopa e resolvemos sair com ele”, completou. Os rapazes embarcaram no carro e foram até uma mercearia, na Rua San Remo, comprar vodca. “Pedimos quatro litros e pagamos em dinheiro, R$ 16,50”, garantiu. “Mas, não sei o que deu na nossa cabeça que depois de pagarmos, resolvemos roubar dois ou três sacos de moedas”, informou Diogo. Ele, que estava armado com um revólver calibre 38, com numeração lixada, deu voz de assalto, mas o roubo não foi concretizado porque policiais militares viram o Uno furtado estacionado em frente ao bar e resolveram verificar se os ladrões estavam no estabelecimento.

Para escapar da prisão, os suspeitos saíram pelos fundos do estabelecimento. Eles pularam muros e telhados. Gustavo foi o primeiro a ser preso. “Não tínhamos a intenção de roubar. Só queríamos levar umas meninas para beber em casa”, alegou.

Fuga

Já Diogo contou que andou por cima de vários telhados e depois caiu dentro de outro bar. “A polícia já estava me esperando. Quando eu cai disparei a arma, mas não atirei contra os PMs. Fiquei desesperado e apontei a arma para minha cabeça, ameacei me matar, mas acabei desistindo, me entreguei e estou aqui”, relatou o acusado. Mas, até ele se render foi uma longa espera. Só depois de várias horas de negociação, por volta das 2h30 de ontem, ele se entregou.

O superintendente Minoto, do 12.º Distrito, informou que as investigações continuam no sentido de apurar outros crimes cometidos pela dupla, assim como o envolvimento de outras pessoas. Ele solicitou a quem reconhecer os acusados, que entre em contato com o distrito, através do telefone 329-6744.

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