João não teve tempo para reagir.

De um Astra branco desceram os dois homens que assassinaram o fugitivo Arlindo Luiz de Lima, 28 anos. Dono de “recheada” ficha criminal, ele foi morto com nove tiros de pistola, às 7h40 de ontem, na Rua Rio Tapajós, Jardim Iguaçu I, Fazenda Rio Grande. Um celular caído perto do local do crime pode ser uma pista importante para a elucidação do caso.

Arlindo morava no Tatuquara e estava escondido há cerca de seis meses em Fazenda Rio Grande. Ontem, testemunhas viram o Astra estacionar a duas quadras do local do crime. Os autores, um em cada lado da rua, vieram ao encontro de Arlindo, mandaram uma mulher que estava no ponto de ônibus sair dali e executaram a vítima em plena via pública, com tiros de pistola calibre 380. A placa do carro não foi anotada por ninguém.

Celular

No trecho entre o corpo de Arlindo e o local onde estacionou o Astra, a polícia recolheu um telefone celular da marca Kyocera com o nome “Carlos” no visor. “É possível que um dos assassinos o deixou cair. Tentaremos descobrir com a operadora Vivo em nome de quem está cadastrado”, disse o superintendente Valdir Bicudo, da delegacia de Fazenda Rio Grande.

A vítima havia furtado a identidade do irmão, João Agostinho Brito de Lima, 32 anos – o que fez a polícia confundir o nome do homem morto. Mais tarde, o verdadeiro João procurou a polícia e desfez o equívoco. Arlindo tinha dois mandados de prisão expedidos pela Justiça de Cascavel, por homicídio e formação de quadrilha, e respondia a outros seis inquéritos por assalto, tráfico de drogas e porte ilegal de arma, em Rio Branco do Sul, Paranaguá, São José dos Pinhais e Curitiba.

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