Dupla de traficantes apanhada em plena produção de crack

Quando produziam crack, utilizando pasta de cocaína, José Altair Bueno, 48 anos, e o boliviano David Cespedes Gonzales, 38, foram surpreendidos por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos, em uma casa situada na Rua das Águias, na Cidade Industrial, no final da tarde de segunda-feira. Uma bacia, contendo cerca de dois quilos da droga, foi apreendida.

O delegado Rubens Recalcatti, titular da DFR, disse que apesar da delegacia ser especializada em furtos e roubos, uma pessoa telefonou anonimamente e contou que haviam dois traficantes em uma casa na Cidade Industrial. Os investigadores Luís Eraldo, Rudis e Geremias, resolveram checar a informação. “Os policiais chegaram no momento em que eles estavam preparando a pasta para transformá-la em pedra. Os presos contaram que ainda estavam no processo inicial, e que apesar da quantidade de pasta ser grande, renderia cerca de 400 gramas de pasta seca, ou “crack”, como é conhecida a droga”, salientou o delegado.

Recalcatti disse que ainda foi apreendido com os presos um colete artesanal, feito de plástico, onde a droga em forma de pó era inserida para ser escondida nas roupas. Foi desta forma que a pasta de cocaína foi trazida da Bolívia.

Gonzales contou à polícia que veio até Curitiba junto com outro boliviano, chamado Pedro, e que este teria trazido a droga. Pedro retornou para seu país e Gonzales ficou para ensinar José Altair a produzir pedras de crack através da pasta de cocaína. Depois esperaria o brasileiro vender a droga, para retirar seu lucro. Só então retornaria para a Bolívia. “Acreditamos que os dois presos pertençam a uma quadrilha organizada, que abastecia o tráfico local”, revelou Recalcatti.

José Altair, que já tem passagens pela polícia, e o boliviano David Cespedes, foram autuados em flagrante por tráfico de drogas pelo delegado Gil Tesserolli. “O flagrante foi encaminhado para o juiz de plantão, mas há possibilidade de que seja remetido à Justiça Federal, já que foi caracterizado tráfico internacional”, disse Recalcatti. Ele informou que as investigações para identificar e prender outros membros da quadrilha devem ser realizadas pelas Polícia Federal.

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