Dupla clonava cartões de crédito

Parte de uma quadrilha especializada em clonagem de cartões de crédito foi presa por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. Maximiliano Simon Pelegrini Sosa, também conhecido como “Maxi” ou “Paraguaio”, 40 anos, e o uruguaio Júlio Menendes, da mesma idade, estavam de posse de 42 cartões “clonados”. Eles foram autuados em flagrante por estelionato e falsificação de documento particular. O delegado Hamilton Cordeiro da Paz Júnior, titular da DFRV, relatou como ocorreu a prisão. Os investigadores receberam denúncia de que um veículo adulterado estava em uma casa na Vila Hauer. Os policiais foram até o local indicado e, coincidentemente, viram um Fusca chegando na moradia, ocupado por dois homens. Fizeram a abordagem e convidaram a dupla a acompanhá-los até a Furtos e Roubos de Veículos para fazer uma vistoria mais minuciosa.

Cartões

“O carro não era adulterado, mas dentro dele encontramos uma nota fiscal da compra de pneus”, relatou o delegado. A nota levou a polícia até Maximiliano Sosa, que era cliente do mecânico, condutor do Fusca. Maximiliano teria tentado comprar os pneus sem os documentos do titular do cartão, na loja de um amigo do mecânico.

De acordo com o delegado Hamilton, Maximiliano foi abordado pelos policiais quando foi até a oficina buscar a nota fiscal e o carro, que estava no conserto. Ele estava de posse de vários cartões de crédito “clonados”. O uruguaio Júlio, que o acompanhava, também portava cartões falsos.

Clonagem

O delegado apurou que somente no ano de 2001 foram furtados 2 mil cartões de crédito em branco, de uma empresa de aviação, no aeroporto de São Paulo. “Os cartões tinham saído de Porto Alegre. Acreditamos que esses 42 cartões estavam naquele lote”, comentou. Hamilton acredita que a dupla faz parte de uma quadrilha especializada em clonar cartões de crédito.

“Esses marginais, em conluio com comerciantes desonestos, instalam uma pequena máquina, que é ligada no computador, em lojas. Quando o proprietário original vai fazer suas compras e paga com cartões de crédito, os comerciantes passam o cartão rapidamente pela máquina antes de efetuar o débito. Esse equipamento copia todos os dados para o computador, que depois são impressos nos cartões falsos”, explicou o delegado.

Dos cartões apreendidos, quarenta são da operadora Visa e dois da Mastercard. “A Visa tem mais lojas conveniadas”, acrescentou o delegado Hamilton. Ele enfatizou que além dos cartões, Maximiliano tinha também uma lista com nomes de clientes e dados de cartões de crédito. “Ele já contou que a confecção é feita em São Paulo”, adiantou o policial. Hamilton disse que ainda não tem noção do valor do golpe aplicado pelo grupo em Curitiba, mas acredita que seja elevado, já que os cartões em branco foram furtados há três anos.

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