Os assassinos do delegado de Pontal do Paraná, litoral do estado, José Antônio Zuba de Oliva, começam a ser julgados hoje no Fórum da Comarca de Matinhos, às 9h. Paulo Roberto Pereira Quintal, conhecido como “Tutancamon”, e Francisco Diego Vidal, o “Russinho”, respondem por homicídio, porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Eles podem pegar até 30 anos de reclusão.

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O crime ocorreu na manhã de 24 de agosto de 2010 durante a averiguação de denúncia de porte de arma no Camping Olho D’Água, em Pontal do Paraná. O delegado Zuba estava acompanhado por duas investigadoras e por Adilson da Silva, funcionário público que colaborava com a delegacia. Ao chegar ao local, as policiais foram rendidas e os dois homens, baleados. Zuba morreu na hora e Adilson, logo depois, no hospital.

Prisão

Francisco foi preso logo após o crime e Paulo ficou escondido na mata, mas foi detido dez dias depois, na rodoviária de Joinville (SC). Além disso, outros dois integrantes da quadrilha, Paulo Aparecido Alves de Abreu, o “Gauchinho”, e Felipe “Tex”, foram mortos dois dias depois em troca de tiros com a polícia. O grupo seria integrante do Comando Vermelho da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Eles teriam chegado ao Paraná e alugaram uma casa em Matinhos para assaltar mansões em Curitiba. Após levantar suspeitas, foram para o camping, onde foram denunciados por porte de armas de fogo.

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Zuba tinha 47 anos de idade e 23 anos de Polícia Civil. Entre 1987 e 1995 ele atuou como escrivão e de 1995 a 2010 trabalhou como delegado.