Donos de bancas de jornal reclamam de insegurança

Donos de bancas de jornais e revistas da região central de Curitiba estão reclamando da quantidade de arrombamentos e assaltos que está ocorrendo na região. O último incidente foi na madrugada de anteontem, quando os marginais abriram um buraco no telhado de um estabelecimento. Só não conseguiram entrar devido à presença de grades. Segundo dados da PM, durante o mês passado, foram registrados apenas dois arrombamentos no centro e quatro nos bairros. Mas o número é maior porque muita gente não registra queixa.

Lauro Blum foi o proprietário contemplado na última semana. Os marginais só não causaram mais prejuízos porque não conseguiram entrar devido às grades. Mas há dois meses ele não teve a mesma sorte. Os arrombadores abriram um buraco na parede do estabelecimento e por ali pegaram tudo o que puderam. “Os prejuízos têm se tornado freqüentes”, afirma.

Na banca de Daniela da Cruz, o problema ocorreu na semana anterior. Mas novamente os arrombadores não tiveram sucesso. Um vigia que trabalha próximo do local chamou a polícia. No entanto, para a comerciante ficou o prejuízo do vidro quebrado, R$ 500. Daniela reclama que deu queixa à polícia, mas o bandido está solto porque não houve flagrante.

Há 24 dias outra banca foi arrombada. Contando o vidro e as mercadorias o desfalque foi de R$ 3 mil. Com uma pedra de concreto abriram um buraco na parede e conseguiram entrar. A funcionária, que preferiu não se identificar, conta que a proprietária não deu queixa à polícia para evitar possíveis aborrecimentos, uma vez que a vizinha da banca não teve muito sucesso.

Mas o major chefe de Planejamento do Comando da Capital , Roberson Luiz Bondaruk, afirma que nesse ponto está o maior erro das pessoas. Se a polícia não tem informações sobre o que está ocorrendo, não pode planejar ações para evitar o problema. Ele sabe que em muitos casos é difícil recuperar o que foi roubado, e isso desestimula as pessoas, mas não tem outra alternativa. Ele diz ainda que há rondas noturnas na área, mas os criminosos aproveitam quando o carro da polícia não está por perto.

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