Atendendo a uma denúncia anônima, feita através do 181, policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), apreenderam 76 pássaros silvestres. Os animais estavam na casa do dono de um aviário, no bairro Guaraituba, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.

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Segundo o delegado Adriano Admir da Cruz Ribeiro, os animais ficavam escondidos, porque eram vendidos somente de acordo com a procura dos clientes. Aos policias, o homem disse que os pássaros eram dele e alega que não os vendia, mas não convenceu.

Dentro do aviário, os policiais encontraram também outros pássaros, que poderiam ser vendidos, mas estavam sem a devida origem e identificação. Os animais foram apreendidos e o dono do aviário encaminhado à DPMA.

Na delegacia, o homem assinou um termo circunstanciado e deve responder ao crime em liberdade. Segundo a polícia, essa foi a segunda vez que ele foi flagrado com pássaros silvestres. A primeira foi em 2012.

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Os 76 pássaros, entre eles azulão, trinca-ferro, pintassilgo e pássaro preto, estavam avaliados em aproximadamente R$12 mil. “Mas um só, o trinca-ferro, por exemplo, poderia chegar a mais de R$1.500, depois que começam a cantar bem e ficam mais domesticados”, explicou o delegado.

Os bichos foram encaminhados ao Centro de Triagens de Animais Silvestres (CETAS), em Tijucas do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Eles devem passar por avaliação, receber atendimento veterinário, se for preciso, e depois serão devolvidos à natureza.

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O delegado explicou que qualquer pássaro pode ser comprado, mas desde que tenha a origem e seja legalizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA).

“A principal forma de reparar se o bicho tem autorização é o anel que cada pássaro, por exemplo, tem em uma das patas. Se o bicho não tiver esse anel, ele é ilegal”. Comprar um pássaro ilegal também é crime. A pessoa pode responder, no mais grave dos casos, até por receptação.