Maria Aparecida procurou
a dedlegacia e confessou o crime.

Uma surpreendente confissão esclareceu o assassinato do motoboy João dos Santos Silva, 24 anos, morto com dois tiros sábado à noite, no Alto Boqueirão. A irmã dele, a doméstica Maria Aparecida dos Santos Silva, 36 anos, apresentou-se ontem na Delegacia de Homicídios e assumiu ter atirado em João. Ela disse que não agüentava mais ser espancada pelo motoboy.

A doméstica falou à polícia que há 4 meses teve um desentendimento com o irmão por causa de uma dívida. Desde então ele a estaria agredindo com freqüência. “Já apanhei 15 anos do meu ex-marido e nunca tive coragem de prestar queixa. Agora cansei”, disse a mulher.

Maria estava em um Monza em companhia de um amigo. Ela diz que cruzou sem querer com o irmão, embora o crime tenha sido cometido perto da casa do motoboy. “João já havia me batido à tarde. Quando me viu, me xingou e disse que ia mostrar que era homem, levando a mão à cintura”, relata Maria.

Tiros

Segundo ela, o irmão, que estava em sua moto, sempre andava armado. “Naquela hora, não vi a arma dele, mas atirei com medo”, afirma. O motoboy levou um tiro no peito e outro nas nádegas e caiu morto na Rua Professor Raul Rodrigues Ramos.

A doméstica conta que tinha bom relacionamento com João até o episódio de uma dívida contraída num mercado no bairro. “Ele ficou em minha casa quando se separou da mulher. Depois que arrumou outra, começou a me bater”, falou. “Sinto apenas pelos meus dois filhos. Mas não digo que estou arrependida”.

Depois do interrogatório tomado na DH, Maria foi colocada em liberdade para responder ao inquérito.

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