Noitada de orgia resultou na morte de duas pessoas, em uma casa na Rua Carlos Dietzsch, Portão. O pai-de-santo Lorinaldo Nunes dos Santos, 36 anos, “Pai Nunes”, e um rapaz identificado apenas como “Pepa”, foram encontrados mortos na manhã de ontem. De acordo com a polícia, eles teriam sido esfaqueados por dois garotos de programa contratados, na noite de domingo, na Praça Tiradentes.

continua após a publicidade

Um dos suspeitos, Lindomar Narciso, 18, foi detido por policiais militares do 13.º Batalhão, a poucas quadras do local do crime. Embora carregasse uma mochila com pertences das vítimas, ele negou que tenha matado os rapazes.

O outro suspeito, conhecido como “Marquinhos”, não foi encontrado. Segundo o superintendente Neimir Cristovão, do 8.º Distrito Policial, Lindomar foi autuado em flagrante por latrocínio (roubo com morte). “Recuperamos a arma do crime e sabemos que contou com a participação de outra pessoa para matá-los”, afirmou o policial.

Flagra

continua após a publicidade

O duplo homicídio aconteceu durante a madrugada, porém os corpos só foram encontrados quando a secretária de Lorinaldo chegou para trabalhar. O homem foi morto na cama do quarto e “Pepa”, no chão na sala.

A mulher contou à polícia que Lindomar dormia no sofá, quando ela chegou. Assim que a viu, ele correu e fugiu com uma mochila nas costas. “Os policiais fizeram buscas nas imediações e localizaram o suspeito a cerca de quatro quadras de lá”, disse o investigador Pimentel, da Delegacia de Homicídios.

continua após a publicidade

O suspeito apresentava sinais de embriaguez, estava ensanguentado e, na mochila, havia objetos das vítimas. “Ele pegou um notebook, uma máquina digital e um aparelho celular. Mas disse que foi o pagamento recebido pelo programa e alegou que não matou ninguém”, disse Pimentel.

Conforme foi apurado pela polícia, Lorinaldo fazia trabalhos como pai-de-santo nos fundos do terreno. Era conhecido como “Pai Nunes”. Ele e “Pepa” teriam contratado os dois garotos de programa na Praça Tiradentes, segundo o investigador Pimentel. Não se sabe o motivo do desentendimento que levou ao crime.