Dois crimes praticamente no mesmo horário em Pinhais

Duas pessoas foram vítimas de latrocínio (roubo com morte) em Pinhais, praticamente no mesmo horário, na noite de terça-feira. Eram 21h, quando a comerciante Natalina Vieira, 41 anos, morreu na ambulância do Siate, a caminho do hospital, e o atleta Flávio da Silva dos Santos, 39, foi socorrido e deu entrada no Hospital Cajuru com um tiro no peito. Ele morreu durante a madrugada.

Flávio estava no ponto de ônibus, na Avenida Maringá, no bairro Perdizes, quando foi abordado por dois homens armados de revólver. Segundo testemunhas, eles pediram seu celular, mas Flávio contou que era um presente que havia recebido da mãe, falecida há poucos dias, e não o entregaria.

Imediatamente foi ferido com um tiro no peito. O Siate chegou logo e encaminhou o rapaz até o Hospital Cajuru. Ele foi submetido a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu.Flávio morava em Colombo e jogava no time de vôlei do município.

Enquanto os policiais militares do 17.º Batalhão tentavam apurar detalhes sobre os bandidos, bem próximo dali, outro assassinato foi cometido. Natalina, proprietária do Mercado Avenida, na Avenida Maria Antonieta, estava no caixa, quando dois homens armados invadiram o estabelecimento e anunciaram o assalto. Dois tiros foram disparados, e ela foi atingida por um deles no coração. Socorrida, morreu antes de chegar no Hospital Cajuru.

Estatística

Com a morte de Flávio e Natalina já são três as vítimas de latrocínio em Pinhais somente em dezembro. Na manhã do dia 2, o comerciante Valdir Adalvo da Silva, 32, foi baleado na lanchonete dele, no bairro Vargem Grande. Ele foi socorrido pelo Siate e levado ao Hospital Evangélico, mas morreu seis dias depois. Todos os casos estão sendo investigados pela delegacia do município.

Insegurança pra quem vive no bairro

Comerciantes e alguns moradores da região estavam indignados com a violência na Vila Maria Antonieta. Segundo eles, depois que o módulo policial foi desativado, os bandidos praticam os crimes a qualquer hora do dia ou da noite, e saem a pé ou de bicicleta, como se estivessem em uma terra sem lei.

“Não podemos negar que antes, mesmo com o módulo, a violência já existia, mas havia maior sensação de segurança. Agora, os bandidos praticam os crimes e saem rindo da nossa cara”, contou um homem que não quis se identificar.

O comerciante José Carlos Silva, disse que a sua padaria já foi assaltada, mas a pior lembrança é a de cinco anos atrás, quando seu pai foi morto em um roubo, no Capão da Imbuia. “

Quando eu vejo essa movimentação de polícia, família chorando e a expectativa de receber uma boa notícia, tudo o que eu e minha família vivemos volta à tona. Foram momentos angustiantes, que todos os dias, pessoas de bem, que estão trabalhando para manter a casa, estão sujeitas a passar”, salientou.