Dois assassinatos em menos de 10 horas no Mossunguê

Em menos de dez horas, duas pessoas foram assassinadas a tiros no Mossunguê. Os crimes aconteceram na noite de quarta-feira e manhã de ontem, em locais próximos, mas a polícia não acredita que haja relação entre eles. Por volta das 22h de anteontem, Wellington Leandro Wisnievski, conhecido como ?Lê?, 22 anos, foi morto com dois disparos, em frente ao Estádio Otávio Silvio Nicco, do Imperial Futebol Clube, na Rua José Nicco. Cerca de oito horas depois, Eduardo Machado de Lima, 59, tombou com um tiro no peito, próximo ao portão de sua residência, na Rua João Domachoski.

Na noite de quarta-feira, enquanto conversava com amigos, em frente ao estádio, ?Lê? foi atingido por dois disparos na cabeça e morreu no local. O autor do crime, segundo testemunhas, seria um homem conhecido como ?Agostinho?. ?Dois rapazes apareceram, atiraram nele e fugiram?, contou uma testemunha. No local, as informações eram de que, antes de atirar, ?Agostinho? teria dito à vítima que era hora de ?acertar um negócio?.

Embora familiares e moradores tenham afirmado que ?Lê? não tinha problemas com ninguém, a polícia levantou a informação de que ele respondia por uma tentativa de homicídio, ocorrida em 2002. ?A morte dele pode ter sido uma represália a essa tentativa?, explicou o delegado Paulo Padilha, da Delegacia de Homicídios, que investiga o crime. A vítima era agente de saúde, mas estava desempregado.

No portão

Apenas um disparo foi ouvido por volta das 6h de ontem, por moradores da Rua João Domachoski. Porém, somente algumas horas depois, o corpo de Eduardo foi visto, caído no jardim de sua casa. No local, ninguém soube dizer qual teria sido o motivo do crime, mas vizinhos lembraram que há cerca de dois anos a mulher de Eduardo, Madalena dos Santos Lima, também foi assassinada no mesmo local. ?No próximo dia 17, fará dois anos de morte. Ela também foi baleada e caiu no jardim, ao lado do portão?, contou um morador da região, que não quis se identificar.

Após a morte da esposa, Eduardo passou a morar sozinho na casa e, segundo vizinhos, ultimamente, apresentava sinais de depressão e teria sido ameaçado por telefone. O crime também será investigado pela Delegacia de Homicídios.

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