O retrato falado do provável assassino da estudante Karina Munhak, 23 anos, foi divulgado ontem, pelo delegado Átila da Rold Roesler, responsável pela investigação do caso. A reprodução, feita com 90% de precisão, foi baseada nas características do suspeito fornecidas por uma moradora do Hotel Rheno, que garante ter visto o homem que acompanhava a estudante na noite do crime. O assassino tem a pele de cor parda, olhos e cabelos pretos, cerca de 1,75m, usava cavanhaque e tinha aproximadamente 30 anos.
Além da busca pelo suspeito, o delegado acredita que a peça chave para elucidar o crime é o carro da vítima – o Celta prata, placa AKU-8812 -, que ainda não foi encontrado. De acordo com os depoimentos das amigas de Karina, ela tinha um diário onde anotava tudo o que fazia durante o dia, principalmente seus envolvimentos amorosos. A importante peça do quebra-cabeças era guardada pela estudante dentro do carro. “Se o Celta estiver em algum estacionamento da cidade, poderemos pegar esses registros e certamente elucidar o caso”, afirmou Roesler.
Suspeito
De acordo com o delegado, o principal suspeito do crime já teve um relacionamento amoroso com Karina há algum tempo e não mora em Curitiba. “Não podemos adiantar muitas informações para não atrapalhar as investigações, mas é certo que ninguém do circulo de amizades dela, aqui da capital, o conhecia”, disse o delegado. Em função da profissão do marido, a estudante já morou em várias cidades do País, como Londrina e Belo Horizonte. Antes de vir para Pinhais, há quatro meses, ela morava em Recife. Estranhamente, no ano passado a jovem hospedou-se no hotel onde foi morta, período em que ela ainda não residia no Paraná.
O delegado pede que qualquer pessoa que reconheça o homem apontado no retrato falado ou saiba do paradeiro do veículo da vítima, que entre em contato com a Delegacia de Homicídios pelo telefone 224-1348.