DH apresenta acusado de matar a amante

Um suposto caso de amor proibido, encerrado com assassinato, foi esclarecido pela Delegacia de Homicídios. O ajudante de caldeira Antônio Rolim Miranda, 29 anos, foi preso e confessou ter matado em 30 de junho, no Parque Atuba, a dona-de-casa Hélia Rocha Sabala, 48, de quem seria amante.

Diante de alguns dos cinco filhos de Hélia, Antônio contou uma história mirabolante para justificar o crime. Ele disse que conheceu a mulher em janeiro quando trabalhava em um açougue no bairro Santa Helena, CIC. Hélia o estaria assediando desde então, mas, segundo Antônio, não tiveram qualquer relacionamento.

Morte

Às 22h30 de 30 de junho, ainda de acordo com o acusado, Hélia o seguiu após descer do ônibus. “Ela apontou uma garrucha para minha cabeça e me levou para o mato. Queria que eu tivesse relações sexuais com ela, mas, como sou noivo, recusei. Num descuido dela, achei um barbante e a enforquei”, disse o homem, que tem porte físico bem mais avantajado que a vítima, de 1,55m de estatura. Depois, Antônio foi trabalhar na fábrica de papel da qual é funcionário, perto do Trevo do Atuba.

Perguntado se desarmar a vítima não seria o suficiente, Antônio afirmou que “na hora da raiva a gente não pensa muito”. Na manhã de 1.º de julho, o corpo da dona-de-casa foi encontrado à beira de uma ciclovia do parque em construção.

Premeditado

A versão foi contestada pela família da vítima e pela própria polícia. “Ele premeditou o crime e o executou com frieza”, disse o delegado Stélio Machado, titular da DH. Machado afirma que Antônio mantinha caso amoroso com Hélia e a levou ao Parque Atuba sob a pretexto de manterem relações sexuais, já planejando o assassinato. “Antônio pisou nas costas da mulher e a estrangulou com uma corda. As ranhuras no pescoço da vítima apontam que ela tentou reagir”, disse Stélio, afirmando que o acusado agiu para esconder o caso de sua noiva. A dedicatória de uma música em nome de Antônio, tocada num programa de rádio, foi a pista que confirmou o caso entre os dois, segundo a polícia.

Parentes da dona-de-casa acompanharam a apresentação de Antônio à imprensa e rebateram com veemência a história dele. “Sumiram R$ 1.700,00 da carteira dela. Foi ele quem roubou”, acusa Gisleine Sabala, filha da vítima, afirmando que a garrucha encontrada na bolsa da mãe estava estragada e era apenas um objeto de decoração. O suposto caso entre Hélia, que era casada, e o autor também é posto em dúvida. “Como ele trabalhou perto de nossa casa, é possível que tivessem algum contato. Mas não havia relacionamento”, disse Gisleine.

Antônio, que é morador de Colombo e não tinha passagem pela polícia, foi preso por homicídio qualificado.

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