Detidos suspeitos de chacina em Almirante Tamandaré

Os dois acusados de promover a chacina da noite de 19 de janeiro, em Almirante Tamandaré, foram presos pela delegacia local e pelo Cope (Centro de Operações Policiais Especiais). O alvo era o policial civil Leônidas da Silva Leite, 43 anos, assassinado junto com dois clientes do bar onde ocorreu o crime.

Leônidas estava lotado na Delegacia de Mulher, em São José dos Pinhais, e morava no Jardim Bonfim, em Almirante Tamandaré. Ele era freqüentador assíduo do bar de Gasparino Gomes Barbosa, 80 anos, onde  foi assassinado.

Reginaldo Vogt é apontado como autor dos disparos e confessou sozinho a autoria do crime. Ele também já havia assumido um homicídio ocorrido em maio do ano passado, no mesmo município. O acusado alega que era constantemente ameaçado por Leônidas. Os dois eram vizinhos e chegaram a jogar futebol juntos. "Ele mostrou duas vezes a pistola para mim, perguntava se era eu o bandido do bairro. Acho que queria me matar", afirma o preso.

Segundo o acusado, na data do crime ele caminhava em frente ao bar de Gasparino ao lado do amigo Ricardo Proença. "Alguém falou ?olha ele aí’. Estava escuro. Antes que atirassem em mim, puxei a minha (arma) e atirei", alega o preso. Ele afirma ter baleado Ricardo Augusto Oliveira, 26 anos, e Odair Maciel de Lima, 28, por imaginar que ambos seriam colegas do policial e poderiam matá-lo. Os dois morreram no local e Gasparino, o dono do bar, também foi atingido, mas sobreviveu.

O delegado Messias Antônio da Rosa, do Cope, disse que o policial civil, embora estivesse lotado em delegacia de outra cidade, investigava a participação de Reginaldo no assassinato cometido em maio. "Reginaldo sabia da investigação e por isso matou o policial", disse o delegado. As outras duas vítimas eram apenas clientes do bar e teriam sido mortas para não testemunhar contra os autores. "Foi um crime cometido com frieza. As vítimas correram e foram atingidas com tiros nas costas e cabeça", falou Messias.

O delegado atribui os disparos somente a Reginaldo, mas segundo o superintendente da Delegacia de Almirante Tamandaré, Leodir Fagundes de Brito, que iniciou as investigações, o comparsa Ricardo Proença também pode ter atirado. "Creio que os dois premeditaram o crime, pois é difícil uma só pessoa matar três. Esperamos o laudo da Polícia Científica, que apontará quem atirou", falou Leodir, que conhecia o policial morto há 20 anos. "Quando bebia, Leônidas realmente intimidava Reginaldo", afirmou. A pistola calibre 765 usada no crime e outros dois revólveres calibre 38 foram apreendidos com os acusados.

Voltar ao topo