Detido universitário acusado de aplicar golpe

Acusado de se apoderar de 48 mil dólares e R$ 90 mil, pertencentes a uma advogada, o estudante de Direito Edson Garcia Júnior, 29 anos, foi preso pelos investigadores Edmilson e Jafar, da Delegacia de Furtos e Roubos.  Ele estava com prisão decretada desde agosto deste ano, a pedido do delegado Gerson Machado, titular da DFR. Edson não quis falar sobre o assunto e disse que seu advogado vai defendê-lo em juízo.

Golpe

Machado informou que há um ano, o estudante – que cursava o terceiro ano de Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC) – começou a trabalhar no escritório da defensora, como estagiário, e adquiriu a confiança da advogada. Ela alugou um cofre no City Bank, em nome dela e do rapaz, onde guardou os 48 mil dólares, e ainda abriu uma conta corrente junto com Edson, depositando nela R$ 90 mil.

Tudo transcorria normalmente, até que o futuro advogado desapareceu do escritório, despertando a desconfiança da advogada, que procurou o banco e descobriu que os dólares guardados haviam sido vendidos e a quantia resultante da venda foi depositada na conta corrente do mesmo banco. Depois todo o dinheiro foi retirado pelo estudante. (VB)

Delegado promete “incomodar”

O delegado Gerson Machado, que deixa a Delgacia de Furtos e Roubos nos próximos dias, e ainda não tem função definida nos quadros da Polícia Civil, salientou que a prisão do estudante caloteiro é um de seus últimos trabalhos à frente da especializada. “Devo permanecer até amanhã (hoje), enquanto isto vamos prendendo. A minha função é prender marginal. Em dez meses de Furtos e Roubos recolhi mais de 100 pessoas, indiciei bicheiro, isso incomoda muita gente. Mas sou polícia e trabalho para a população em qualquer delegacia que me colocarem. Vou continuar incomodando, não precisa ser aqui, pode ser em qualquer lugar”, salientou o delegado.

Ele lembrou que produziu um inquérito de mais de 1.700 páginas acusando os bicheiros Francisco Feitosa e Fúlvio Martins de diversos crimes, entre eles o da morte do também bicheiro Almir José Hlakyi Solarewicz, executado no dia 20 de setembro de 2000. “Muita gente não gosta. Mas sou delegado. Esta é a minha função”, reiterou. Machado disse que não pode vincular sua transferência da delegacia com o caso do bicheiro, mas afirma que está sendo perseguido. “Até de homicídio esse pessoal já quis me acusar. Mas a verdade sempre aparece”, afirmou.

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