Desvios feitos com falsificação de Darfs podem chegar a R$ 2 milhões

José Antônio Rossoni, 57, e o motoboy Cleverson Luís Alves da Silva, 29, foram detidos na tarde de ontem, acusados de lesar empresários em mais de R$ 2 milhões. Eles falsificavam guias de arrecadação de impostos (Darf) e, em vez de pagá-las integralmente para as empresas que contratavam seus serviços, embolsavam parte do dinheiro. Foram flagrados na porta de uma agência bancária da Rua Padre Anchieta, no Bigorrilho, aplicando o golpe. Na Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), foram autuados por estelionato e falsificação de documento público, crimes que podem deixá-los por até 10 anos na cadeia.

De acordo com o delegado Vinícius Augustus de Carvalho, o motoboy passava nas empresas para recolher guias de impostos e o dinheiro para pagá-las. José Antônio produzia outras guias idênticas, alterando o valor para apenas 10% do que deveria ser pago. O motoboy pagava a guia alterada no banco e devolvia a original à empresa, com uma autenticação eletrônica falsificada por José Antônio. Os empresários só descobriam o prejuízo quando tiravam certidões negativas de suas empresas.

Queixas

O crime começou a ser investigado há cerca de um ano, quando as primeiras vítimas deram queixa na polícia. José Antônio depositava os cheques dados pelos empresários em contas de empresas fantasmas, abertas em nome de laranjas ou com documentos de pessoas já falecidas. Ele foi pego com cartões bancários em nome das empresas laranjas, além de outros documentos que comprovaram a fraude. José Antônio, apontado como mentor dos golpes, usava o nome falso de Enéas Marques de Miranda. Ele dava 10% das arrecadações a Cleverson. Suspeita-se que o crime tenha mais envolvidos.

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