Falsificação

Desenhista queria aplicar golpe de R$ 500 mil na Caixa Econômica

A perseguição da polícia a um Astra blindado, no Pilarzinho, resultou na prisão do desenhista industrial Jovaldir dos Santos, 35 anos, conhecido como “Chuvisco”, que estava armado com um revólver calibre 38 e é suspeito de participar de vários crimes em Curitiba. Há indícios de que ele pretendia aplicar um golpe na Caixa Econômica Federal, penhorando pedras falsas como se fossem esmeraldas.

Em uma casa da Rua Otalino Amado de Souza, no Bracatinga, foram apreendidos 3,7 quilos de uma pedra verde – que ele disse ser cassiterita – mas que tinha um certificado falsificado indicando que eram esmeraldas. As falsas gemas seriam penhoradas na Caixa Econômica pelo valor de R$ 500 mil. Ele deveria ficar com metade da quantia.

Por volta de 13h30, policiais militares do 12.º Batalhão iniciaram uma perseguição ao Astra dirigido por “Chuvisco”. A ação teve início no Bracatinga e seguiu até, esquina das Ruas Ângelo Zeni e João Gomes da Silva, no bairro Mercês, onde o carro colidiu com a viatura 7519, da 4.ª Companhia da PM.

Os policiais foram até uma casa apontada por “Chuvisco”, onde foram encontradas as pedras, nove celulares, seis relógios, dois notebooks, dois computadores e um scanner. Tudo foi apreendido e encaminhado para a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

Segundo o coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento da capital, o trabalho da polícia foi integrado e contínuo. “A princípio era só uma abordagem comum, mas o instinto policial fez com que eles investissem no caso e descobrissem além de uma arma escondida no veículo, outros crimes, principalmente a possibilidade de um golpe na Caixa Econômica”, comentou o oficial.

O suspeito disse que as pedras são esmeraldas de baixo valor, porém, ele tinha um certificado falso que dizia que elas seriam preciosas e valeriam R$500 mil. “Eu faria o penhor no banco e ficaria com a metade”, comentou o detido. Quanto à arma e ao carro blindado, ele disse que tinha para sua proteção, pois estava jurado de morte. “Não devo nada. Já tive passagens na polícia por porte de arma. Só fugi da polícia porque estou com a minha carteira de habilitação vencida”, defendeu-se.

O delegado da DFR, Luiz Carlos de Oliveira, disse que ele ficará preso por conta do porte de arma. Enquanto isso, será investigado em outros crimes em que pode ter participado. “Vamos averiguar a questão da origem dessas pedras, a falsificação do certificado e outras coisas”, finalizou o policial