Desembargador começa a investigar orgias

O desembargador Carlos Augusto Hoffmann, designado anteontem à noite pelo Tribunal de Justiça do Paraná como presidente e relator no processo judicial sobre o caso de exploração sexual de garotas menores de idade em Campo Largo, começou a tomar conhecimento do processo ontem. O desembargador dará continuidade ao trabalho de investigação iniciado pelo Ministério Público e Polícia Civil. O TJ assumiu o caso na última sexta-feira, cumprindo exigência legal, depois que a participação de um magistrado no caso foi apontada nas investigações policiais.

O processo corre em segredo de Justiça. O advogado do juiz André Taques de Macedo, Juarez Küster, disse que deverá pedir vistas ao processo nos próximos dias. O juiz, que atua em Campo Largo, pediu férias do cargo depois de ter sido citado como suspeito de participar de festas em que participavam menores, que ocorriam em duas chácaras, em Campo Largo. De acordo com Juarez Küster, o magistrado é inocente no caso e se afastou para não constranger as investigações.

CPI

Na Câmara Municipal de Campo Largo foi instalada uma CPI para apurar as denúncias de que alguns vereadores – entre eles, o presidente da Câmara – teriam participado das festas nas chácaras. O vereador Lourival Netzel (PSL) disse ontem que uma das primeiras providências da CPI será pedir explicações ao delegado Marcus Michelotto, do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), que conduziu as investigações sobre o caso, nas últimas duas semanas. Netzel afirmou que CPI quer saber de que forma vazaram para a imprensa os nomes dos vereadores supostamente envolvidos no caso.

O delegado Michelotto disse ontem que não foi informado de que será chamado pela Câmara. “Nenhum nome foi revelado nem pela polícia nem pela promotoria. Quem citou os vereadores foi uma das garotas que participava das festas, em uma entrevista veiculada na TV”, lembrou Michelotto.

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