Depoimentos à CPI da Copel trazem pouca informação

A CPI da Copel ouviu ontem, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, envolvidos nos casos de compra de ações da Sercomtel (empresa telefônica de Londrina) pela Copel, em 1998, e de operação de venda de créditos tributários para a Copel por parte da empresa Olvepar, no final do ano passado. Os depoimentos foram ouvidos das 8h30min às 10h30 min e, segundo o deputado Marcos Isfer, que preside a CPI, pouca coisa acrescentaram ao que já se sabia sobre os casos.

Os primeiros a depor foram os envolvidos no caso Sercomtel. O funcionário aposentado da Copel, Alceu Adalberto Fardin, que em 1998 atuava como superintendente de planejamento e controle financeiro, foi bastante breve. Ele se limitou a responder às poucas perguntas dos deputados participantes e afirmou que seu envolvimento na compra das ações aconteceu apenas no final do processo e se limitou à participação no primeiro pagamento dos recursos.

Após Alceu, prestou depoimento o ex-secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Londrina, Gino Azolini Neto. Na última quinta-feira, Azolini, que estava convocado a depor na CPI, não compareceu e disse que a ausência se devia ao fato de seus advogados não poderem acompanhá-lo. Marcos Isfer não aceitou a justificativa e pediu para que o ex-secretário fosse intimado a prestar depoimento.

Azolini está sendo apontado pelo Ministério Público como um dos principais envolvidos no caso da empresa de Londrina. Apesar disso, seu depoimento foi ainda mais breve e repleto de respostas curtas do que o de Fardin, durando menos de quinze minutos. Questionado sobre o envolvimento da Prefeitura de Londrina no caso, o ex-secretário disse que as tentativas de compra e venda de ações foram feitas pela diretoria da Sercomtel e não pela administração municipal.

Olvepar

O administrador de empresas Luiz Sérgio da Silva, que atuou como procurador da empresa Olvepar na operação de venda de créditos de ICMS para a Copel, foi o terceiro a depor. Ele apontou o envolvimento da empresa Plantarte, que teria recebido R$ 1,2 milhão para intermediar a recuperação dos créditos tributários. Segundo ele, a empresa teria intermediado o negócio com a Copel. Em função disso, responsáveis pela Plantarte podem vir a ser chamados para também prestarem depoimento no caso.

O advogado da Olvepar, Antônio Carlos Brasil Fioravante Pieruccini, que também deveria prestar depoimento, não compareceu ao Plenarinho. Ele deve ser ouvido na próxima quinta-feira. Se novamente não comparecer, pode ser intimado a prestar depoimento.

Nos próximos dias, a CPI deve pedir um parecer da Coordenadoria da Receita Federal para saber se os créditos que a Olvepar resgatou do Estado realmente existiam.

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