Dependente químico fuzilado no Sítio Cercado

Joelmir César de Oliveira, 18 anos, o “Neguinho”, conversou com seu assassino no portão da casa de amigos, na Rua Major Miguel Balbino Blasi, Bairro Novo B, Sítio Cercado. Logo depois da conversa foi morto com seis tiros, às 21h de quarta-feira. Ele tentou fugir mas caiu no pátio, ao lado da residência. A polícia já tem o nome de um suspeito e, na mesma noite, foi à sua procura. A hipótese sobre o motivo do assassinato é o envolvimento da vítima com drogas.

A família de Joelmir tentava interná-lo para livrar o jovem do vício. Segundo o pai dele, José de Oliveira, no dia anterior foi tentado o internamento mas não havia vaga nas clínicas procuradas. Há cerca de dois meses Joelmir chegou a ficar internado em Piraquara, mas o tratamento não deu certo e, passados poucos dias, ele saiu da instituição, conforme relato de outro parente do rapaz. Ele morava com os pais, a poucas quadras de onde foi morto, e estava desempregado.

Crime

A ocorrência foi atendida pelos soldados Souza e Rocha, do 13.º Batalhão de Polícia Militar. Joelmir chegou na casa de bicicleta, onde estavam três amigos. Um deles o esperava no portão e emprestou a bicicleta para comprar cigarros. Enquanto isso, os outros dois estavam assistindo a um jogo de futebol, pela televisão, no interior da residência. Lá de dentro, eles ouviram uma conversa vinda da rua, mas não conseguiram escutar o que era dito. Joelmir conversava com seu assassino.

O bate-papo durou pouco e a última voz que os rapazes ouviram foram os gritos de Joelmir. Em seguida, dois tiros e, passado alguns segundos, mais quatro. O mesmo foi escutado pelo amigo que saíra para comprar cigarro. Ele disse que deixara Joelmir sozinho no portão, o que leva a crer que o assassino estava esperando a chance de se aproximar da vítima.

Joelmir correu para dentro do terreno da casa e foi alcançado por outros disparos. Conforme levantamento do perito Alcebíades, da Polícia Científica, Joelmir foi atingido por dois tiros no peito, um no braço, dois na coxa direita e um nas costas, provavelmente, disparados por um revólver, calibre 38. Ele caiu ao lado da casa, depois de correr cerca de 15 metros. Os dois amigos que assistiam televisão não se atreveram a olhar para ver quem tinha atirado e fugiram pela janela dos fundos da casa.

Suspeito

Os investigadores Helizabet, Denise, Amilton e Santos, da Delegacia de Homicídios, estiveram no local e apuraram o nome de um suspeito. Com as informações em mãos eles foram procurá-lo mas o acusado não foi encontrado. A DH mantém o nome sob sigilo para não atrapalhar a investigação.

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