O promotor Dicesar Augusto Krepsky, da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), denunciou os policiais militares Afonso Odair Konkel, 26 anos (cabo), e Nilton Hasse, 33 (soldado) por homicídio doloso, fraude processual , tortura e danos ao patrimônio. “Eles admitiram que alteraram a cena após o Nilton Hasse ter disparado a arma na cabeça do estudante Froese de Oliveira, 18 anos.

O cabo Konkele o soldado Hasse, foram interrogados no dia 14 deste mês na 8.ª Vara Criminal. Os dois admitiram que alteraram a cena da morte do estudante, durante umA mal sucedida ação policial às 2h15 da madrugada do dia 2 de novembro do ano passado.

Farsa

De acordo com o depoimento dos PMs, pouco antes de abordar o estudante, os policiais, lotados no serviço reservado do 13.º Batalhão da PM, haviam aprEendido armas. Depois fizeram a abordagem do estudante e de um menor de 16 anos, que estavam pichando o muro de uma empresa de ônibus, na Avenida Marechal Floriano, ParoliM. Durante a abordagem, o soldado Nilton Hasse disparou a arma contra a cabeça do estudante. Diante do fato, os dois PMs apanharam uma arma na viatura, atiraram no próprio carro que ocupavam e depois colocaram a arma na mão de Anderson, para simular que houve reação e legitimar o revide.

O Ministério Público entendeu que houve dolo eventual. No momento em que os policiais fizeram a abordagem com a arma em punho, assumiram o risco, por isSo não aceita a hipótese de disparo acidental. O promotor informou que os dois policiais militares continuam recolhidos no Batalhão de Polícia de Guarda, no Ahú e devem ser julgados pela Justiça comum.

Além da morte do estudante, os policiais também confessaram que após o disparo torturaram o menor de 16 anos, que acompanhava a vítima, para que confessasse que eram autores de uma tentativa de roubo, ocorrida na Água Verde, minutos antes e confirmasse que Anderson estava armado e reagiu à prisão.

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