O investigador Mauro Canuto, acusado de ser um dos responsáveis pelo atentado que incendiou o prédio da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), foi demitido da Polícia Civil. Canuto responde ainda a outros nove procedimentos administrativos e criminais por ilegalidades cometidas no exercício da função de policial. Todos os processos estão no Conselho Disciplinar da Polícia Civil.

Logo depois da demissão do policial, o secretário de Segurança Pública do Paraná Luiz Fernando Delazari anunciou que, para cada um demitido dois novos policiais serão contratados. “A população pode ficar tranqüila. Nós estamos moralizando a polícia”, disse.

A expulsão de Canuto foi baseada na argumentação de abandono de emprego por estar fugindo do mandado de prisão expedido no começo de 2001, pelo atentado à PIC. Agora, mesmo sendo ex-policial, ele continua respondendo aos inquéritos criminais e pode ser preso.

Mauro Canuto ganhou projeção nacional em 2000, quando foi citado na CPI do Narcotráfico que passou pelo Paraná. Na época, policiais envolvidos com o crime organizado foram investigados pelo Ministério Público e ficaram conhecidos como a “banda podre” da polícia paranaense.

Limpeza

Só neste mês, a Secretaria comandou a prisão do delegado Mário Ramos, acusado de participar de um assassinato seguido de esquartejamento no estado de São Paulo. Ramos também é investigado por denúncias da CPI do Narcotráfico.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, a expulsão de Canuto e a prisão de Mário Ramos estão ligadas. “Ambos pertenciam à banda podre e agora não vão mais atrapalhar o trabalho da polícia”, disse. Delazari garante que as investigações contra policiais corruptos vão continuar. “A polícia paranaense só estará limpa quando maus policiais estiverem fora de ação”, concluiu.

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