Delegada ouve suspeito da execução de B.A.

Ananias de Oliveira Camargo, 25 anos, deverá ser interrogado hoje pela delegada Vanessa Alice, que investiga a quadrilha de extermínio responsável pelo assassinato de 21 mulheres, na região de Almirante Tamandaré. O rapaz prestou depoimento no final da tarde de sexta-feira, na Delegacia de Homicídios, onde responde inquérito sob a acusação de ser o autor da execução de um dos membros do grupo: Alceu Rodrigues, o B.A., 31 anos, morto com dois tiros na cabeça, no dia 9 de maio deste ano, no quilômetro 81, da BR-277, no Cajuru. “Ele negou que seja o autor do crime. Mas isto nós já esperávamos. Agora vou requisitar os depoimentos das testemunhas, ouvidas pela delegada Vanessa Alice. Neles há afirmações de que ele chegou a confessar o crime para algumas pessoas. Além das declarações de uma amante de Alceu, que garante que ele saiu para se encontrar com Ananias, que iria lhe emprestar R$ 100”, ressaltou o delegado Agenor Salgado, titular da Homicídios. Ele informou que, logo após a execução de Alceu, Ananias teve sua prisão temporária decretada pela Justiça. “Agora vou solicitar a prisão preventiva”, adiantou.

Suzana

A delegada Vanessa Alice acredita que Ananias também irá negar que executou a doméstica Suzana Moura Gazani, 23 anos, que estava desaparecida desde o dia 20 de abril. A ossada da jovem foi localizada na manhã de sexta-feira pela equipe da delegada. Os restos mortais estavam enterrados em um buraco, na Chácara dos Gavas, na Colônia Gabriela, em Almirante Tamandaré.

A ossada foi localizada após a prisão de Ananias, no início da madrugada do mesmo dia, em um condomínio de luxo, em Camboriú (SC). A mulher dele, Eliane Dias de Oliveira, 27 anos, e o amigo Adão Ribeiro, de 21, indicaram à equipe da delegada onde Ananias havia escondido o corpo. “Os dois foram buscar o cal para que a decomposição do cadáver fosse mais rápida”, salientou a policial.

Vanessa Alice disse que as investigações não param com a prisão de Ananias. “Estamos apurando o envolvimento de outras pessoas com este grupo. A qualquer momento poderemos solicitar novas prisões à Justiça e outras pessoas poderão ser presas”, disse a delegada. (VB)

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