CT de Piraquara pretende desafogar DPs da capital

Foi inaugurada ontem a nova unidade do Centro de Triagem (CT) de Piraquara, que passa a funcionar no prédio onde seria a Penitenciária Metropolitana de Piraquara. Com capacidade para até novecentos presos, o CT vai receber nessa primeira etapa 170 detentos, oriundos do Centro de Triagem de Curitiba. No começo da tarde de ontem, eles já começaram a ser transferidos.

“O objetivo é desafogar todos os distritos de Curitiba e Região Metropolitana. Trata-se de uma solução emergencial para corrigir o problema da superlotação carcerária na capital”, afirmou o secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. A partir de hoje, o delegado Clóvis Galvão começará a remover 170 presos dos distritos policiais da capital para o Centro de Triagem de Curitiba. “Primeiro, precisamos cadastrar e identificar criminalmente cada um deles, para depois fazer a transferência para a nova unidade do Centro de Triagem”, explicou Galvão. A previsão é que esses presos sejam transferidos na sexta-feira, depois de terminada a limpeza nas instalações desocupadas.

Alívio

Em Curitiba, o 3.º, 5.º, 7.º, 8.º, 10.º e 12.º distritos policiais (DPs) têm carceragem, além do 9.º DP, que abriga somente mulheres. Na próxima semana, será a vez de desafogar as delegacias especializadas. A meta é deixar presos somente na Delegacia de Furtos e Roubos, na Furtos e Roubos de Veículos e na Divisão de Narcóticos, que têm instalação apropriada para a prisão. “Vamos retirar todos as pessoas detidas das demais especializadas”, lembrou o delegado. A Delegacia da Mulher, a Homicídios, a Estelionato, a Divisão de Vigilância e Capturas e o Centro de Operações Policiais Especiais deverão ficar sem presos em suas instalações.

Em seguida, será a vez dos presos das delegacias da Região Metropolitana de Curitiba. “Pretendemos deixar essas unidades trabalharem dentro das suas respectivas capacidades”, garantiu Delazari.

Solução

O Centro de Triagem de Piraquara foi inaugurado em dezembro do ano passado, como Penitenciária Metropolitana de Piraquara, mas ainda não estava em funcionamento. “A nossa idéia foi a de utilizar o espaço para abrigar os presos dos distritos de Curitiba e Região Metropolitana e, assim, resolver de forma imediata o problema da superlotação carcerária na capital e região”, explicou o secretário.

A prisão foi construída com blocos de concreto pré-moldados e custou R$ 10,5 milhões aos cofres do Tesouro Estadual.

A administração da nova unidade, que fazia parte do Departamento Penitenciário (Depen), ligado à Secretaria de Estado da Justiça, foi repassada para a Secretaria da Segurança Pública há cerca de um mês, com o objetivo de resolver o problema da superlotação carcerária na capital. “A ativação dessa penitenciária representa o alívio imediato dos distritos de Curitiba e Região Metropolitana”, considerou Carlos Alberto Neves, delegado-chefe da Divisão de Policiamento da Capital.

Videoconferência

Durante a inauguração do Centro de Triagem, o secretário da Segurança Pública anunciou também um novo projeto que está sendo desenvolvido em conjunto com o Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. A intenção é implantar um sistema de videoconferência entre quatro unidades prisionais e as onze varas do Fórum Criminal de Curitiba. Com o sistema on-line de videoconferência, os presos que aguardam julgamento poderão prestar depoimento ao juiz sem que haja necessidade de deslocamento. Hoje, acontecem cerca de 60 apresentações diárias de réus presos no Fórum Criminal.

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