Crueldade abala família

Às vésperas do Dia das Mães, Cristina Aparecida Costa, 33 anos, sentiu uma dor tão forte quanto a sofrida há um ano, quando a filha Giovana dos Reis Costa, 9, foi assassinada. Apenas ontem, ela e o marido, Altevir Costa, 41, souberam que Giovana foi sangrada até a morte. ?Fiquei muito abalada. Foi um choque para nós saber o quanto ela sofreu. Hoje, passei o dia à base de calmantes. Por outro lado, acho importante divulgar isso, pois não vamos deixar esse crime cair no esquecimento?, disse a mãe.

Assim que soube dos detalhes do exame de necropsia e do oferecimento da denúncia contra Pero Theodoro Petrovitch Vich, Vera Petrovitch e Renato Michel, acusados do brutal assassinato, Cristina procurou o promotor de Justiça Octacílio Sacerdote Filho, com quem conversou durante horas. ?Agora, tenho certeza de quem são os assassinos. Até então tinha dúvidas de que eles seriam capazes de cometer tamanha crueldade. Eu e meu marido não vamos respirar direito enquanto não pegarem estes monstros?, disse a mãe.

Denúncia

A denúncia contra Pero e contra a mãe e o sogro dele foi entregue na quarta-feira à juíza Paula Priscila Candeo, que, na tarde de ontem, deu seu parecer sobre o caso. Hoje, a decisão poderá ser divulgada, a menos que a juíza decrete segredo de Justiça. Nos próximos dias, o promotor irá representar criminalmente contra a mulher de Pero – uma adolescente de 16 anos que também participou do crime.

Junto ao oferecimento da denúncia, Renato Michel teve a prisão preventiva decretada e agora é um foragido da Justiça, assim como Pero e Vera. Há informações que Renato estava em Curitiba até ontem, e que fugiu assim que soube que era procurado.

Desde o ano passado, a polícia soma esforços para encontrar Pero e Vera e sabe que eles já passaram por vários estados brasileiros. ?Vamos rezar para que eles sejam pegos e por isso apelamos que a população ajudar a polícia e denunciar. Não é possível que eles continuem soltos e impunes?, apelou Cristina.

Crime

Giovanna desapareceu em 10 de abril do ano passado quando vendia rifas de Páscoa para a festa da escola. Segundo a denúncia do Ministério Público, ela vendeu o último bilhete para Pero, que a convenceu a entrar em sua casa e junto com a mulher e o sogro a sacrificaram naquela mesma noite. O corpo da menina foi encontrado no dia 12 de abril, jogado em um matagal, na rua paralela à da casa dos ciganos. As roupas de Giovanna foram achadas dias depois no terreno ao lado da casa dos acusados.

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