Criminoso morre em troca de tiros na RMC

Um velho conhecido da polícia, que conquistou a liberdade condicional há menos de 15 dias, morreu durante uma troca de tiros na manhã desta terça-feira (1º), em Colombo.

Moradores do Jardim Campo Alto ligaram para o número 190 pedindo a ajuda da polícia, porque um homem armado de pistola, acompanhado de duas ou três pessoas, estava roubando pessoas que passavam pela Rua Mendel, por volta de 8h30.

Os policiais pararam as viaturas a poucas quadras do final da rua e realizaram a abordagem a pé. De acordo com o tenente Martendal, do 17° Batalhão de Polícia Militar, Douglas de Siqueira Machado, o “Nenê”, 20 anos, correu assim que recebeu a voz de abordagem.

Ele foi perseguido, pegou uma pistola no chão e atirou contra os policiais. Como a abordagem continuou, ele decidiu pular o muro de uma casa, ainda atirando, e foi surpreendido por outra equipe policial, que vinha por outra rua. “Nenê” foi atingido e caiu ferido no quintal da residência. A arma ficou perto do muro e foi apreendida. Uma equipe do Siate foi acionada e tentou socorrer o rapaz, atingido por três disparos nas costas, mas ele morreu a caminho do Hospital Cajuru.

Douglas foi preso no carnaval do ano passado, acusado de ser líder do tráfico de drogas no Jardim Campo Alto e de liderar uma disputa sangrenta por pontos de venda de entorpecente com integrantes da Vila Esperança. Ele era investigado por pelo menos quatro homicídios ocorridos neste período.

Comparsas

Samuel da Silva, 34, e um garoto de 16 anos, que estavam junto com “Nenê” e não reagiram, foram encaminhados à delegacia do Alto Maracanã. Com eles foram apreendidos quase R$ 200 e 15 pedras de crack.

Para a imprensa, Samuel declarou que saiu de casa às 7h para ir até uma unidade de saúde marcar uma consulta. Na volta para casa, encontrou “Nenê”, que é seu amigo de infância, e conversava com ele e com o adolescente quando a polícia chegou.

Douglas correu e eles, que ficaram imóveis, rendidos por policiais, ouviram apenas os disparos. Samuel garante que o dinheiro é dele, recebido durante o trabalho como servente de pedreiro, e nega o porte da droga. Ele assinou termo circunstanciado e foi liberado.