Crescem as apreensões de drogas pela PRE

As apreensões de droga pelo Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) da PM do Paraná cresceram nos primeiros seis meses deste ano em relação a todo o ano passado. O principal aumento no volume de apreensões foi do haxixe: 530%. De janeiro a junho de 2003 os policiais recolheram 4.067 bolinhas. Nos 12 meses de 2002 tinham sido apreendidas 766.

O lança-perfume aparece em segundo lugar neste ranking de apreensões: 396 frascos nos últimos 6 meses contra 171 frascos no ano passado, o que significa mais 231,5% deste tipo de droga apreendido. Em terceiro lugar surge a maconha. Este ano foram tirados de circulação 4.635 kg da erva, contra um total de 4.490 kg, em 2002, ou 103,2% a mais. Em relação à cocaína, as apreensões já são 81,3% maiores que em 2002, passando de 40,6 kg em 12 meses para 33 kg na metade do tempo.

De acordo com o comandante da PRE, tenente-coronel José Paulo Betes, este volume é resultado da nova política de trabalho, implementada desde o mês de fevereiro, quando assumiu a unidade. “Além de atuarmos no policiamento de trânsito na rodovia, somos policiais militares e temos a obrigação de agir em todos os setores”, ressaltou.

Sob responsabilidade da Polícia Rodoviária Estadual estão 16 mil quilômetros de rodovias que contam com 65 postos de fiscalização. Segundo o coronel Betes, os locais de maior incidência de apreensões de droga são Cascavel, Pato Branco, Guaíra e Maringá, por fazerem parte da rota de passagem de carros e caminhões para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e ainda São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Perspicácia

O coronel Betes conta que um dos casos que mais chamaram a atenção foi durante a abordagem a um casal que viajava com uma criança pequena. A placa do veículo, de uma cidade de Mato Grosso, chamou a atenção. Na hora da revista, o policial percebeu que um parafuso do painel estava caído no piso do carro. Foi o que bastou para que fossem descobertos 5 kg de cocaína escondidos ali. Outros 4 kg da droga tinham sido colocados nas laterais do veículo. “O que seria apenas uma família em viagem na verdade eram pessoas que estavam traficando e que foram descobertas e presas”, comentou. O coronel lembrou ainda que a droga também é colocada no meio de cargas.

Em parte, as apreensões são reflexo do Ciclo de Fiscalização, colocado em prática pelo BPRv no início de maio. Antes disso porém, com um simples remanejamento na escala de trabalho o comando do batalhão já havia conseguido aumentar em 30% o efetivo que hoje está nas rodovias, fiscalizando a circulação de veículos e não mais apenas fazendo boletins de ocorrência de acidentes.

Um motorista que sai de Curitiba e vai até Londrina passará por seis postos do BPRv. Há dois meses ele poderia ser abordado em todos, em três, dois deles ou apenas uma vez. Agora, com o Ciclo de Fiscalização, pelo menos duas vezes ele será parado no posto e terá não só a documentação verificada como também, em caso de suspeita ou denúncia, acabará passando por revista geral.

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