Corpo é encontrado em banhado, no Umbará

O corpo de Wellington Ribas Filho, 17 anos, foi encontrado no início da manhã de ontem, jogado em um banhado de difícil acesso, a cerca de 50 metros da linha férrea que cruza o bairro Umbará. Há suspeitas de que o jovem foi morto numa pequena clareira, em meio a um matagal, e foi arrastado por seu assassino, ou assassinos, para dentro do banhado. Aparentemente, ele recebeu dois disparos na cabeça.

A região onde o cadáver foi localizado é conhecida por Vila Marupiara. Moradores da área, que acompanharam o trabalho de policiais militares e investigadores da Delegacia de Homicídios, disseram ter ouvido tiros, por volta das 21h de terça-feira. Embora ainda não haja informações sobre os autores do crime, os investigadores dizem não ter dúvidas de que Wellington foi executado.

Reconhecimento

A Polícia Militar foi acionada sobre o encontro do cadáver, às 7h30, e a ocorrência atendida pelos soldados Fonseca e Silvonei, do 13.º Batalhão. A mãe do jovem fez o reconhecimento do corpo. Segundo Ilda Ribas, seu filho não tinha antecedentes criminais e nem sequer envolvimento com drogas. Mas ela relatou que já havia sido avisada que queriam "pegar" Wellington, porém o motivo não foi explicado.

Ilda acredita que a morte tem relação à má companhia que o filho mantinha com usuários de entorpecentes.

Assassinado era a esperança da mãe

Desconsolada e querendo não acreditar na morte do filho, Ilda Ribas contou sobre o modo de vida de Wellington e seus últimos passos. "Como vou sobreviver sem os abraços dele. Era muito carinhoso comigo", relatou.

O jovem passou a manhã de terça-feira desmontando as peças de uma geladeira para revendê-las em um ferro-velho, situado próximo a sua moradia. Pouco depois do meio-dia, ele se despediu da família e saiu carregando um saco de alumínio para concretizar a venda. Foi a última vez que Ilda viu seu filho com vida.

Ela diz que Wellington sempre foi trabalhador e já tinha desenvolvido as funções de ajudante de serralheiro e, atualmente, auxiliava o padrasto. "Ele era a minha esperança. Com o trabalho, antes dos 20 anos, ele queria comprar um lote para a nossa família", contou Ilda.

Ao ver o corpo do filho jogado no banhado a mãe entrou em desespero. "Por que fizeram isso com você, meu filho?", gritava Ilda, que acreditava que Wellington estava no cemitério da região, limpando túmulos, por ser Dia de Finados. O jovem era o único filho homem da casa.

Voltar ao topo